tag:blogger.com,1999:blog-77841329718088059282024-03-12T17:27:36.057-07:00N'Golo Ia Muanda OsascoUm espaço focado no registro, divulgação e incentivo das atividades voltadas a preservação de uma identidade nacional propria.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-44179151703885578402012-08-12T05:42:00.002-07:002012-08-12T05:44:21.333-07:00Diáspora! Capoeira e outras tradições.
Em comemoração aos três anos do Nucleo Escola de Capoeira N’Golo Ia Muanda em Osasco, foi montada uma grade de atividades para uma tarde agradável, onde como já foi exposto no titulo o alvo é não necessariamente em ordem, Capoeira, tradições populares, historia horal e seu papel na educação brasilera.
Cronograma
14h as 15:30 Ritmo e canto da capoeira.
(com Rafael Dia Lemba)
15:45h as 17:15h TRADIÇÃO e TRADUÇÃO - a dança brasileira e suas possibilidades culturais e artisticas.
(com Vera Cristina Athayde, mestra em artes pela Universidade Estadual de campinas)
17:30h as 19h Tradições Orais Africanas na educação.
(com Ivan da Silva Poli, Mestrando em pedagogia pela Universidade de São Paulo e autor do livro “Antropologia dos Orixás”)
19:15h as 21h Roda de Capoeira.
(com Escola de Capoeira N’Golo Ia Muanda e Convidados)
21:15 as 23h Reggae com a banda MUVIKAYA.
Onde: Av. Visconde de Nova Granada, 513, KM 18 - Osasco Quando:29/09/2012
Entrada: Um agasalho ou um kg de alimento não perecível.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-3721090402034786922012-07-03T16:45:00.000-07:002012-07-03T16:46:15.915-07:00De volta as postagens!Apos mais de uma ano de molho o blog da Escola de Capoeira N'Golo Ia Muanda - Osasco esta de volta a ativa, e não foi um periodo de pausa na capoeiragem não, ao contrario disso muita coisa rolou, a escola mais uma vez foi representada internacionalmente por nosso Mestre Marcelo, o Professor Da Lua continua com o trabalho no CEU Rosa da China, e eu (Professor Henrique) continuo com os trabalhos na Casa de Angola as segundas, quartas e sextas com roda todo ultimo sabado do mes, e como novidade a partir de junho iniciamos as aulas de terça e quinta no Quintal Cultural, uma associção que fica na minha cidade, a cidade de Carapicuiba e que ja conhecia desde sua fundação, em breve postarei fotos deste trabalho tambem.
Chega de enrolação, neste ultimo sabado teve a aula do nosso Mestre Marcelo, o bicho tirou o coro dos meninos.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitsid81JNgtD66qB-qzYOXEJfqIQ1uF-Zie0FblsOha8jiLemOYqfo18cIWFVuJ34WPUxsTuDkPzGHToxdlM4q9qxm0RClkY_IjdWcsreKfUczx50TVlNPWTymPVf2XNlUGFpr8qq2F1ke/s1600/005.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitsid81JNgtD66qB-qzYOXEJfqIQ1uF-Zie0FblsOha8jiLemOYqfo18cIWFVuJ34WPUxsTuDkPzGHToxdlM4q9qxm0RClkY_IjdWcsreKfUczx50TVlNPWTymPVf2XNlUGFpr8qq2F1ke/s400/005.JPG" /></a></div>
Uma aula bem ao estilo da escola com muitas entradas, saidas e contra golpes. Marcelo e Da Lua
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8lf0aIEHWRK6tfZSZmaO82OiOvlvycViz1z3a910wXdXZ9lj7weSsWU9LlQ7y3ZqsTkdlr6k9bSVo-JGtAwKw5A_drO3D2UHWWSqMvwegbhsxDr2GvFkbhi9bgxbjEd5qz2l2vOSSH8AD/s1600/021.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8lf0aIEHWRK6tfZSZmaO82OiOvlvycViz1z3a910wXdXZ9lj7weSsWU9LlQ7y3ZqsTkdlr6k9bSVo-JGtAwKw5A_drO3D2UHWWSqMvwegbhsxDr2GvFkbhi9bgxbjEd5qz2l2vOSSH8AD/s400/021.JPG" /></a></div>
E assim foi das 16h as 18h e logo em seguida a roda na Casa de Angola.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoUjKnwlSyKRI85fUAo7iLTZJ04MP5upQp6ZJSg5r-uue47XxutWedeWfDuRiq441O7kH6H2Xn_3sWiFZutqkXUxgh93CxQ_W4jSgbkPh9g8N7HspXtXi4NWJ0_TMJWXaR-Nel3LKwCFcH/s1600/099.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoUjKnwlSyKRI85fUAo7iLTZJ04MP5upQp6ZJSg5r-uue47XxutWedeWfDuRiq441O7kH6H2Xn_3sWiFZutqkXUxgh93CxQ_W4jSgbkPh9g8N7HspXtXi4NWJ0_TMJWXaR-Nel3LKwCFcH/s400/099.JPG" /></a></div>
E para os amigos que viram o visual junino e se perguntaram se teriam chance de rir disto novamente, ta ai..rs..
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEKlh33nDYT5hLzlBfnwQ6dvmKDoaUlNQrXXX-5fjitShv469Zm6OZPeSgmDzui5vUVpRBvDOmcjzTTQFOxdcFHqsJElqqCp1hP6EI9DqvVDoLd7lhfbSM6wihUcd1UA0TnWvXXLjDvyzz/s1600/101.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEKlh33nDYT5hLzlBfnwQ6dvmKDoaUlNQrXXX-5fjitShv469Zm6OZPeSgmDzui5vUVpRBvDOmcjzTTQFOxdcFHqsJElqqCp1hP6EI9DqvVDoLd7lhfbSM6wihUcd1UA0TnWvXXLjDvyzz/s400/101.JPG" /></a></div>
E para fechar a galera reunida, um muito obrigado a todos que compareceram neste dia. E para os amigos que seguem o blog, estamos de volta!
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYu8D61JO0vOkBKHlqFBvvi4KCJZqC-7RsyAZafGWz2zAeke86A6AsL9UjAiAN20TCmHp8Z7FpsdzVg0RjHCHSMLOcFhYIBx1g-f4pGjHHPeLIJPZ7GaSi_t6oGc5Ni6WGAU09uRsJbtFN/s1600/191.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYu8D61JO0vOkBKHlqFBvvi4KCJZqC-7RsyAZafGWz2zAeke86A6AsL9UjAiAN20TCmHp8Z7FpsdzVg0RjHCHSMLOcFhYIBx1g-f4pGjHHPeLIJPZ7GaSi_t6oGc5Ni6WGAU09uRsJbtFN/s400/191.JPG" /></a></div>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-21577832164515845102011-05-30T17:01:00.000-07:002011-05-30T17:24:42.722-07:00Projeto Nova Luz“Na quarta-feira, 13/04, o Espaço Projeto Nova Luz promoveu mais uma atividade especial voltada para as crianças. Utilizando exercícios vocais e corporais, a oficina de musicalização ofereceu às crianças auxílio no desenvolvimento das percepções auditivas aprimorando a maneira como o mundo é sentido. Isso tudo em meio a ritmos, melodias e harmonias.”<br />http://www.flickr.com/photos/novaluzsp/sets/72157626484968911/<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijN3JkzFhI4c7hM3jmCL6g8svShR6G2Pact-os4T_W128qgWSELd-g1kYxDpsJEdwH_Lp9jOxamkBi6E2nOZ-kPzYLKqK4MyCdJ3T89ThT0qZGCWF92CBnlF8xejj9dus3L7j5de9ZYhJd/s1600/5670575244_7c70b858d8.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijN3JkzFhI4c7hM3jmCL6g8svShR6G2Pact-os4T_W128qgWSELd-g1kYxDpsJEdwH_Lp9jOxamkBi6E2nOZ-kPzYLKqK4MyCdJ3T89ThT0qZGCWF92CBnlF8xejj9dus3L7j5de9ZYhJd/s400/5670575244_7c70b858d8.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612667885930782850" /></a><br />Desta forma foi divulgado pelo Espaço Projeto Nova Luz, a oficina ministrada pela Escola de Capoeira N’Golo Ia Muanda.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjIhFwBaYcemcL988J9xOh202wYyOMeFXa5P8GqQdQg9__Uc1XjPrZ0k2E8YqzKTrR72_H4ywhlR1OEmZ2KxGYIHSJDVZgIEnKJaNynZA6QCDoTojbwXKm_0XlaHsFD4FxjPtnoEmE6vdB/s1600/5669989199_3ce58b12d2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjIhFwBaYcemcL988J9xOh202wYyOMeFXa5P8GqQdQg9__Uc1XjPrZ0k2E8YqzKTrR72_H4ywhlR1OEmZ2KxGYIHSJDVZgIEnKJaNynZA6QCDoTojbwXKm_0XlaHsFD4FxjPtnoEmE6vdB/s400/5669989199_3ce58b12d2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612668340034951922" /></a><br />A oficina, voltada para o publico infantil, é mais uma iniciativa de nossa escola na utilização da capoeira como atividade sócio inclusiva, valorizando a cultura oral e buscando a interatividade das crianças com a musica e o canto.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6OqcCpYvFAw7xBkh4zY8tioHj7A_daB92al3MKFTZJdf_1QhSP0NqdAUG65CbtPXTHzCF0FPi3uacO9UmCm5kyXO6If1IGUMaZgQJSg3bT-8R5XC5XU9fM3OglAjf9XTdJCYxRZEJegwJ/s1600/5670005331_8efb1d4fca.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6OqcCpYvFAw7xBkh4zY8tioHj7A_daB92al3MKFTZJdf_1QhSP0NqdAUG65CbtPXTHzCF0FPi3uacO9UmCm5kyXO6If1IGUMaZgQJSg3bT-8R5XC5XU9fM3OglAjf9XTdJCYxRZEJegwJ/s400/5670005331_8efb1d4fca.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612669094353269154" /></a><br />Desenvolvendo percepções rítmicas, melódicas, a respiração e a própria coordenação motora, as crianças aprendem mais sobre a historia de nosso pais.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpJFZnhLA4FLYvWwrmNlrE_LOqhwL6uc-xSCvvEOKvPInYrNvLrPDEEZ6J1OT13QpA-xujbDTcjMx7aaUuomU6wuCNuASDrcHyJ-9anaMI3OhGU6UQus3Ns4ilTeeWBVj5Un1qaMc3cSFs/s1600/5670553814_f9126a659c.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpJFZnhLA4FLYvWwrmNlrE_LOqhwL6uc-xSCvvEOKvPInYrNvLrPDEEZ6J1OT13QpA-xujbDTcjMx7aaUuomU6wuCNuASDrcHyJ-9anaMI3OhGU6UQus3Ns4ilTeeWBVj5Un1qaMc3cSFs/s400/5670553814_f9126a659c.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612669497484171778" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-71677089391817756092011-05-22T06:59:00.000-07:002011-05-23T16:17:38.223-07:00Abolição da Escravidão MentalNo dia 14 de Maio ocorreu no Centro Histórico da Aldeia de Carapicuíba o evento “Abolição da Escravidão Mental. Um evento voltado a valorização das raízes africanas na cultura brasileira e que contou com diversas atrações, como debates, apresentações, intervenções e shows.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg39YHHAc1iDIMSe3NgosB0qZbapLfivsg36Q0L8nq1HWH_k1Zed6dg-KGJEql511S7Emv1YFLstrnEoXMRwjaoEgGu1CjJRMakH2s0gz4PUqmHPzipKc9gCiXEeQnNiHY6vjhS-NVzo0d_/s1600/flyer+aboli%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+escravid%25C3%25A3o+mental.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg39YHHAc1iDIMSe3NgosB0qZbapLfivsg36Q0L8nq1HWH_k1Zed6dg-KGJEql511S7Emv1YFLstrnEoXMRwjaoEgGu1CjJRMakH2s0gz4PUqmHPzipKc9gCiXEeQnNiHY6vjhS-NVzo0d_/s400/flyer+aboli%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+escravid%25C3%25A3o+mental.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5609543185997953922" /></a><br />No debate promovido pelo estudio 3I, na mesa composta por Camila Gobbo, Dada Yute, Willian Gonçalves e Henrique Teramoto, o assunto debatido foi a preservação e a divulgação da memoria ancestral africana no cotidiano.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbAsKxBHGvlXH3J10bsIrsw1buL9OPDhyGq96P4RAw00iMZEangTDj9tcexgZy-cc90mtyknUHvjK3iMXsnMN-reqZHQGvlpbXkWDzJ9F8ddOhVTuofudbCWksmxNwjDU6PKYob3hRN2cj/s1600/untitled.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbAsKxBHGvlXH3J10bsIrsw1buL9OPDhyGq96P4RAw00iMZEangTDj9tcexgZy-cc90mtyknUHvjK3iMXsnMN-reqZHQGvlpbXkWDzJ9F8ddOhVTuofudbCWksmxNwjDU6PKYob3hRN2cj/s400/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5610053949491915138" /></a><br />A Escola de Capoeira N’Golo Ia Muanda marcou a sua presença, com uma apresentação de capoeira e o samba de roda.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Pmr_zNACrp2nbJLuAwBAmyWFrmABLOgxT6gvi21e7WHjJv-JdHOnJdmRUL7yVQyVbYTrTpHF_-YQDnh7bznWg0EXFORp_9NY5P7_lp18iwkXLdz8Y1DQ7a3x_7DDubHFux_oYVbyHc2j/s1600/224178_150229275047540_100001814054929_318120_7437817_n%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Pmr_zNACrp2nbJLuAwBAmyWFrmABLOgxT6gvi21e7WHjJv-JdHOnJdmRUL7yVQyVbYTrTpHF_-YQDnh7bznWg0EXFORp_9NY5P7_lp18iwkXLdz8Y1DQ7a3x_7DDubHFux_oYVbyHc2j/s400/224178_150229275047540_100001814054929_318120_7437817_n%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5609543485449506482" /></a><br />Junto a cena e caindo no samba o pessoal do Núcleo Sebastian de Artes, prestaram uma grande contribuição a nossa apresentação, valeu galera!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWSCNv2eYwMiF1tZ41sH8Kf2A6xebU4fQPNDD9zJLMdwwd1nuNALimigKgNFw1KFcruaY56a3DYOsRjECzkakX-_at118ucSocTaTXCDy_uzcpY6ts7UXA9bhJl7NNMGAs8Xntpy6KEl5A/s1600/229388_150229861714148_100001814054929_318139_1410725_n%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWSCNv2eYwMiF1tZ41sH8Kf2A6xebU4fQPNDD9zJLMdwwd1nuNALimigKgNFw1KFcruaY56a3DYOsRjECzkakX-_at118ucSocTaTXCDy_uzcpY6ts7UXA9bhJl7NNMGAs8Xntpy6KEl5A/s400/229388_150229861714148_100001814054929_318139_1410725_n%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5609545538945555922" /></a><br />Durante cerca de uma hora o samba de roda "comeu solto" com a partição do publico.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTsxxRmAfyIIdg81biRR-Sj1h9CCaFPtXC40xaD87U7mV5PyG796wqqPXndCThve8-C4CRwjHgYtMZ0bKj06MSgkYM_y09mrbEJMuTj5OL8-QvcSRdHBu1nGg5cltzUWVIUWzQmh9ymHvA/s1600/226754_150230058380795_100001814054929_318146_839088_n%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTsxxRmAfyIIdg81biRR-Sj1h9CCaFPtXC40xaD87U7mV5PyG796wqqPXndCThve8-C4CRwjHgYtMZ0bKj06MSgkYM_y09mrbEJMuTj5OL8-QvcSRdHBu1nGg5cltzUWVIUWzQmh9ymHvA/s400/226754_150230058380795_100001814054929_318146_839088_n%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5609544797360871426" /></a><br />A Escola de Capoeira N’Golo Ia Muanda agradece ao estúdio I3 pelo convite, e registra aqui o seu contentamento em poder participar de uma mobilização, que como diria o educador Ivan Poli, grande debatedor da lei 10.639/03, não é um favor aos brasileiros de pele negra, mais uma contribuição em pró de uma identidade nacional mais completa.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu9Ro7tQkpNKjgvBPhKE41HdK4MzyYjzu_64_CYZ0taL3qz8_FsQWsSiiV2HAnhaz1pALjKryGpxzu2WD4aSPhZWq7WpzyPMGNhUIRMUgyjWDn9RCnZ2NiR9hWA0yMy7-A18Dby3QneK87/s1600/229388_150229828380818_100001814054929_318138_2271925_n%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu9Ro7tQkpNKjgvBPhKE41HdK4MzyYjzu_64_CYZ0taL3qz8_FsQWsSiiV2HAnhaz1pALjKryGpxzu2WD4aSPhZWq7WpzyPMGNhUIRMUgyjWDn9RCnZ2NiR9hWA0yMy7-A18Dby3QneK87/s400/229388_150229828380818_100001814054929_318138_2271925_n%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5609546336841565090" /></a><br />"O que se impõe hoje, a partir da noção contingente, contextualizada e relacional da identidade, é garantir que a multiplicidade e a diversidade sejam preservadas, que a cultura, como uma longa conversa entre partes distintas, permita que convivam sujeitos dos mais diferentes matizes. Em vez disso, quando a cultura local parece esgarçar-se como conseqüência da globalização, a afirmação de identidades duras parece funcionar, para muitos sujeitos, como elemento apaziguador que busca deter e solidificar a fluidez característica da época atual. Verificam-se, então, manifestações extremadas, em que nacionalismos, fundamentalismos, xenofobias, preconceitos, são ressuscitados e lutas sem fim são travadas em nome da preservação de identidades."<br /><br />http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Identidade%20culturalTeramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-76481778486753629942011-05-15T19:24:00.000-07:002011-05-15T20:01:17.651-07:00O 1° ZumZumZum Capoeira1°ZumZumZum Capoeira, aconteceu nos dias 15,16 e 17 de abril, reunindo cerca de 300 participantes o evento contou com oficinas e palestras ministradas pelo Mestre Moraes (Pedro Moraes Trindade) e com a participação ilustre do Mestre Ananias (Ananias Ferreira). No evento os participantes puderam conviver com os Mestres, conhecer suas posições a cerca do ritual da capoeira, o ritmo, a expressão, o canto e ainda conhecer suas opiniões em relação a posição e postura do capoeirista na sociedade atual.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY0zzrJIvWBqsk-38Zp3sxnbhZEmFR7CxQn0vlYP7baGASZS-cXMSX0DRtjEgVQASEX3A-zXr8XMx39EQsCG0Ojl_BZz0coYB0UbV-oyKN5vW9cRMTS4kUAKRnMIJEohKvBSQ-rohJt_xl/s1600/205759_1729686994626_1012017697_31430626_1499597_n%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY0zzrJIvWBqsk-38Zp3sxnbhZEmFR7CxQn0vlYP7baGASZS-cXMSX0DRtjEgVQASEX3A-zXr8XMx39EQsCG0Ojl_BZz0coYB0UbV-oyKN5vW9cRMTS4kUAKRnMIJEohKvBSQ-rohJt_xl/s400/205759_1729686994626_1012017697_31430626_1499597_n%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607137173367344818" /></a><br />Nos dias 15, 16 e 17 de abril a comunidade capoeirista presenciou um evento feito pela união das pessoas, provando o potencial inclusivo da capoeira agregamos gerações de capoeiristas, pessoas que estavam literalmente abaixo dos 8 e acima dos 80 anos de idade, capoeiristas de diversas matizes diferentes, de diversos estados diferentes, todos sob uma única bandeira, a dos ancestrais!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Ac2X-jLz6544CtqCeXdxOehyliiLWHy4VFRr3HT82q2eboilopOWELH3iaXtKxhf-gvLA5bOp5awLqzsolfcOtnU-fO88hn0yswfemvyLw8xWU2PUJSPw2tq5pTb85xKzeB6KVEybSkd/s1600/208468_1729651833747_1012017697_31430577_5669472_n%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Ac2X-jLz6544CtqCeXdxOehyliiLWHy4VFRr3HT82q2eboilopOWELH3iaXtKxhf-gvLA5bOp5awLqzsolfcOtnU-fO88hn0yswfemvyLw8xWU2PUJSPw2tq5pTb85xKzeB6KVEybSkd/s400/208468_1729651833747_1012017697_31430577_5669472_n%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607137889692979138" /></a><br />Fica claro para nós da Escola de Capoeira N’Golo Ia Muanda, que o desafio a ser superado é o da união e da organização da comunidade, no entanto, acreditamos que cada pessoa que esteve nos três dias de evento, tenha carregado consigo a mensagem de que a grandeza da capoeira está na união que esta ancestralidade nos permite manter, na preservação da cultural oral, tão importante em duas de nossas culturas mãe (africanas e indígenas), e na formação de uma identidade nacional mais plena e coesa a todos brasileiros que se preocupam em não se tornarem uma copia mal feita do colonizador.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL7uVrlHzNCoy0npiXXhjwwBHbaYSxwNwQVkBSUYhtoOsW1V-MC1v3S3V5h_zao1LgrJl5_p7uH9p9P7qwYdJUz_O_RteOKP7B0B8rrFZ34-35zbpXQWyQxH5KhOkUnNubzTQZvaovZQDC/s1600/untitled.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 271px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL7uVrlHzNCoy0npiXXhjwwBHbaYSxwNwQVkBSUYhtoOsW1V-MC1v3S3V5h_zao1LgrJl5_p7uH9p9P7qwYdJUz_O_RteOKP7B0B8rrFZ34-35zbpXQWyQxH5KhOkUnNubzTQZvaovZQDC/s400/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607139471356226722" /></a><br />Meu avo é seu avo, portanto, não há porque conflitarmos.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-45829800567405980912011-03-16T11:00:00.000-07:002011-03-16T11:01:47.854-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-VlTkAo8npQN8RFxMFJzY8Rq1eFiVCUQTsd7sfFoTdJm3j0IkrO5_ryKqENlJM9IaXepd5_Z7FzPk7-FmNkRZcTxGVW_rW07sJQnRcjxmAQFUJZ7SOyHHAeUtxqPPmjAAWK36qYvbhCXX/s1600/zumzumzum_internet.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 350px; height: 480px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-VlTkAo8npQN8RFxMFJzY8Rq1eFiVCUQTsd7sfFoTdJm3j0IkrO5_ryKqENlJM9IaXepd5_Z7FzPk7-FmNkRZcTxGVW_rW07sJQnRcjxmAQFUJZ7SOyHHAeUtxqPPmjAAWK36qYvbhCXX/s400/zumzumzum_internet.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5584739352130758402" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-80080966007629797782011-02-17T08:09:00.000-08:002011-05-18T18:26:57.230-07:001º Roda do Ano da Escola de Capoeira Ngolo Ia Muanda OsascoAi vão alguns registros da nossa primeira roda do ano de 2011.<br />Roda de Samba, na cantoria, Mestre Ananias e Dona Divina.<br /><br /><a href="http://a6.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/190113_1536165575135_1564723497_31063692_1471405_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 480px; height: 400px;" src="http://a6.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/190113_1536165575135_1564723497_31063692_1471405_n.jpg" border="0" alt="" /></a><br />O pessoal do Evolução Afro Brasil mandando ver nos pandeiros, Rafael Dia Lemba no atabaque.<br /><br /><a href="http://a4.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/189427_1883519250363_1312826244_32221016_3684281_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 480px; height: 400px;" src="http://a4.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/189427_1883519250363_1312826244_32221016_3684281_n.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Convidados muito especiais.<br /><br /><a href="http://a6.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/189624_1536374860367_1564723497_31064190_2616471_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 480px; height: 400px;" src="http://a6.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/189624_1536374860367_1564723497_31064190_2616471_n.jpg" border="0" alt="" /></a><br />A roda de capoeira, na bateria, Terrivel, Rafael Dia Lemba, Mestre Ananias, Mestre Parafuso, Poeira, Danilo, a esquerda Mestre Brucutu. No jogo Professor Bruno e Contra Mestre Kuata.<br /><br /><a href="http://a1.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/181527_1536383820591_1564723497_31064225_3662112_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 480px; height: 400px;" src="http://a1.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/181527_1536383820591_1564723497_31064225_3662112_n.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Um pouquinho da roda para quem gosta de sentir um pouquinho da energia.<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="500" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/OkAjR4Y8IUg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />Para fechar a festa com toda energia, a participação super especial do Grupo Evolução Afro Brasil.<br /><br /><a href="http://a3.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/184797_1536391500783_1564723497_31064253_3718520_n.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 480px; height: 400px;" src="http://a3.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/184797_1536391500783_1564723497_31064253_3718520_n.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Mais um pouco de Evolução Afro Brasil.<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="500" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/q8RVGhB47vo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />Onde: Casa de Angola, Av Visconde de Nova Granada nº513 - km18 - Osasco (ao lado da fabrica Osram).<br />Quando:26 de Fevereiro a partir das 18h.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-60160516272975490092011-02-13T05:48:00.000-08:002011-02-13T05:54:32.340-08:00Entrevista: Osunfemi - Ivan da Silva PoliO mestrando Ivan da Silva Poli falando sobre o regate da identidade africana e a lei 10639/03.<br /><br />Primeira parte da entrevista:<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/mquAZ3Aks5w" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />Segunda parte:<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/Krceb3gzoxw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-3677943577037017662011-02-12T03:40:00.000-08:002011-02-12T03:42:11.286-08:00mudança de horarioA partir do dia 12 de fevereiro as aulas de sabado se iniciarão as 14h.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-13265326190438448472011-02-08T04:08:00.000-08:002011-02-08T04:14:53.323-08:00Mestre Pastinha, "Honorato ai vem seu camarada!"Para quem estiver afim de ouvir um som enquanto desfruta de alguma informação...<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/MQIOYw0ZpEA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />MESTRE PASTINHA - BA (1889/1981)<br />"A Capoeira é tudo que a boca come e tudo que o corpo dá"<br />Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, filho de pai espanhol e mãe baiana, é um dos mais importantes "Velhos Mestres da Capoeira". Foi um dos fundadores do Centro Esportivo de Capoeira Angola e teve como Mestre o negro e ex-escravo Benedito. Artista, poeta, escritor, filósofo e, acima de tudo em Capoeira, Mestre Pastinha conta em sua obra com o livro "Capoeira Angola", publicado em 1964 e com disco fonográfico "Capoeira Angola -Mestre Pastinha e sua Academia" (Philips. 1969). <br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/zhJAOnu5YXw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />Conquistou a admiração de renomados artistas e intelectuais como Jorge Amado, Carybé, Mário Cravo, dentre outros que tiveram o privilégio de conviver com o Mestre. Participou, representando o Brasil, do I Festival Internacional de Arte Negra de Dakar ."Seu Pastinha", ainda hoje, é considerado como o grande divulgador do "Tao da Capoeira"Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-18506320951614757832011-01-14T09:27:00.001-08:002011-01-14T09:31:58.535-08:00Reinicio das aulas 2011.Aos interessados, as aulas do Nucleo de Capoeira N'Golo Ia Muanda Osasco, recomeçam oficialmente terça (11/01), nos mesmos horarios. Um grande abraço a todos Henrique Teramoto.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-27514005581677652382011-01-05T10:46:00.000-08:002011-01-06T04:40:18.633-08:00Os ultimos encontros do ano.A ultima roda de capoeira do nucleo N'Golo Ia Muanda Osasco em 2010, ocorreu no dia 27de novembro. Encerramos um ano de trabalho, superação, conquistas e muitas amizades. Contudo, se o nosso ano de 2010 se encerrou para se renovar em 2011, o ano da capoeira não parou, de la para cá, fomos ao evento realizado pelo professor Bruno, ao evento do grupo Senzala em São Paulo coordenado pelos Irmãos e grandes amigos Flavio e Ulisses, mas o ano da capoeira só se encerrou mesmo no dia 30 de dezembro em Salvador.<a href="http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAASdCzIVaHnri1TM04tChNOxa_1m5m6dxCCsqJNq8ZJoUckKHJJJJnuMuk0oUXXu1oZGZigwyFJxzlSXT7TJX3AAm1T1UDJDOZZfB9Nvmdapayyfc6SslYEN.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 320px;" src="http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAASdCzIVaHnri1TM04tChNOxa_1m5m6dxCCsqJNq8ZJoUckKHJJJJnuMuk0oUXXu1oZGZigwyFJxzlSXT7TJX3AAm1T1UDJDOZZfB9Nvmdapayyfc6SslYEN.jpg" border="0" alt="" /></a><br />No Akidabã quem comanda a roda é o Mestre zé do Lenço. Na foto da esquerda para direita: Henrique (Japa), Fantasma, Mestre Zé do Lenço, Rafael, Marcelo Finco.<br /><a href="http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAPD47_4l3uei6gFRdpEVC1lb7V7in-7P1LyMilNuDoujNUddvBRDOqvT2i1FwEDv886BGk-kl3kjaRBt9ivB1fwAm1T1UGA-IgUz7j9xfqfr9L3ElwYRpA3K.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 320px;" src="http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAPD47_4l3uei6gFRdpEVC1lb7V7in-7P1LyMilNuDoujNUddvBRDOqvT2i1FwEDv886BGk-kl3kjaRBt9ivB1fwAm1T1UGA-IgUz7j9xfqfr9L3ElwYRpA3K.jpg" border="0" alt="" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-74566075181359082952010-12-09T10:56:00.000-08:002010-12-09T11:16:52.023-08:0027 de Novembro a ultima do Ano de 2010!A Escola de Capoeira N'Golo Ia Muanda desenvolve seu trabalho na cidade de Osasco em parceria com a Casa de Angola. Todo ultimo sabado do mes, acontece na Casa de Angola a confraternização de alunos e capoeiristas, que tem seu alge com a Roda de capoeira e sempre termina com um comes agradaveis, e muitas historias por quem pode conta-las. Devido as festas de fim de ano não realizaremos a confraternização no mes de Dezembro (2010).<br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DMGTZJbRjjU?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/DMGTZJbRjjU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /> As aulas acontecem de terça e quinta no periodo noturno.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-16246540468508974232010-12-03T15:54:00.000-08:002010-12-03T17:50:55.794-08:00Uma semana de capoeira angola em OsascoEste post vem para ilustrar a realização do evento anteriormente divulgado "movimentos e expressão da capoeira", que contou com oficinas ministradas por: Mestre Jogo de Dentro, Professor Marcelo Finco e Professor Rafael Dia Lemba.<br /><br />Oficina de confecção de berimbau, ministrada pelo Professor Rafael Dia Lemba.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsrt1pFMH-60lVu8T2JvR_fXvhU3lclPJdjsW42MaYppMUZHHRCO69XSe_Y9soehpHkejASHPdLgVKaggY7-i7CXkJiiY4danBXibl0hyphenhyphenJ8FnHwHZEDujOjThonqV2z-3r2riPz-On2ezZ/s1600/semana+da+capoeira+004.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsrt1pFMH-60lVu8T2JvR_fXvhU3lclPJdjsW42MaYppMUZHHRCO69XSe_Y9soehpHkejASHPdLgVKaggY7-i7CXkJiiY4danBXibl0hyphenhyphenJ8FnHwHZEDujOjThonqV2z-3r2riPz-On2ezZ/s400/semana+da+capoeira+004.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546610160690271298" /></a><br />Na oficina realizada pelo Mestre Jogo de Dentro, o Mestre falou sobre os ensinamentos adquiridos durante os anos de treinamento com o Mestre João Pequeno (discipulo de Mestre Pastinha) e sobre as transformações ocasionadas no jogo e nas cantigas de capoeira nos dias atuais.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKlhNo0-uhbg5SEei-9SHdokZGcBQ4KRr00JlSXp3nexhW-3pGaYamuZDZRQrjuDmsvMTqbWCgwXCvTCKK__5Xql8i1uYsZGK1SGvHUSFqQLircGPb9jCVZE1yQR031kg0Y0M6Wetir53x/s1600/semana+da+capoeira+007.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKlhNo0-uhbg5SEei-9SHdokZGcBQ4KRr00JlSXp3nexhW-3pGaYamuZDZRQrjuDmsvMTqbWCgwXCvTCKK__5Xql8i1uYsZGK1SGvHUSFqQLircGPb9jCVZE1yQR031kg0Y0M6Wetir53x/s400/semana+da+capoeira+007.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546612316031310402" /></a><br />Tambem houve aula de movimento e roda para os participantes da oficina.<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TLkiUJp28OE?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/TLkiUJp28OE?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Na quinta feira foi o dia do Professor Marcelo Finco ministrar a oficina, neste dia muita movimentação e bateria.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWMyej2IhWpEANZGZ7cv9-qOYutPoVwbwQPpIjYRVbAF0dD_bsEJ3JzLfmYhsE7gv6vvK_UBn59z0PGWdgHW9Jr8WEf_j4KjiiR60pTKjp7RArD2WuKVn4Bt_oblHCOjKSZmbwk-APpdvE/s1600/semana+da+capoeira+044.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWMyej2IhWpEANZGZ7cv9-qOYutPoVwbwQPpIjYRVbAF0dD_bsEJ3JzLfmYhsE7gv6vvK_UBn59z0PGWdgHW9Jr8WEf_j4KjiiR60pTKjp7RArD2WuKVn4Bt_oblHCOjKSZmbwk-APpdvE/s400/semana+da+capoeira+044.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546614710079403586" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-69778508041380008852010-11-19T18:32:00.001-08:002010-11-19T18:39:28.271-08:00Linguagens do corpo, movimentos e expressão da capoeiraCasa de Zungu e N'Golo Ia Muanda apresentam: "Linguagens do corpo, movimentos e expressão da capoeira."<br /><br />Dia 23/11<br />20:00 as 22:00 Oficina com Mestre Jogo de Dentro. (Academia Municipal de Artes Marciais - Osasco)<br /><br />Dia 24/11<br />19:00 as 20:00h Construção de berimbau. (Casa de Angola)<br />20:00 as 22:00h Oficina com Mestre Jogo de Dentro. (Casa de Angola)<br /><br />Dia 25/11<br />20:00 as 22:00h Oficina com Professor Marcelo Finco. (Academia Municipal de Artes Marciais - Osasco)<br /><br />Dia 26/11<br />19:00 as 20:00h Construção de berimbau. (Casa de Angola)<br />20:00 as 22:00h Oficina com Professor Marcelo Finco. (Casa de Angola)<br /><br />Dia 27/11<br />Roda de Capoeira ao por do sol, na Casa de Angola seguido de confraternização.<br /><br />Obs.: As oficinas tem valor diario de R$15,00, ou cinquenta reais os quatro dias. A oficina de construção de berimbau tera custo adicional de R$15,00 e dara ao participante o direito de ficar com o instrumento. Pedimos a todos a colaboração para nossa campanha solidaria doando um kilo de alimento não perecivel.<br /><br />Contatos: henrique_teramoto@hotmail.com ou 11 92787785<br /><br />ngoloiamuandaosasco.blogspot.comTeramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-10249716343031413652010-11-03T08:46:00.000-07:002010-11-03T09:23:46.553-07:00Um dia em Angola.No sabado passado (30/10) a Casa de Angola contou com a realização do evento "Um dia em Angola". O evento consistiu em uma serie de oficinas voltadas para o publico docente com foco sobre manisfestações culturais de matriz africana. O dia se iniciou com um curso organizado pela Escola N'Golo Ia Muanda, que tratou do ritmo e historia da capoeira e seguiu com o almoço organizado pela coordenadora da Casa de Angola (Fatima).<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmHtSbrpxjKP58Q_9WTjQ2-NBaIVBN27y-dpHW2XQlr1c2OkNJR0nWuyzqbbZIOz5QIuMb1BXW62LU87FtEMxcNBLw1nC5d2NrxWjsmp9R4D6yjTZFnkIpro3pZlzQpAAMH9DNpqymO01/s1600/oficina+um+dia+em+angola.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmHtSbrpxjKP58Q_9WTjQ2-NBaIVBN27y-dpHW2XQlr1c2OkNJR0nWuyzqbbZIOz5QIuMb1BXW62LU87FtEMxcNBLw1nC5d2NrxWjsmp9R4D6yjTZFnkIpro3pZlzQpAAMH9DNpqymO01/s400/oficina+um+dia+em+angola.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5535356343215332674" /></a><br /><br />E para fazer juz ao nome do evento (Um dia em Angola), encerrendo as atividades da Casa de Angola a nossa roda de capoeira que neste dia contou com as presenças de: Maromba, Marcelo, Japa, Tizíl, Tuca, Rafael(Mestre Ananias), Arroz, Luiz Poeira, Manteiga e Teimoso(Irmãos Guerreiros), Daniel(Nova Geração de Angola), Pequeno, Robinho(Capoeira Mandinga), Didico, Caco Véio, Samáris, Gleise, Brigída e outros capoeiristas. Para quem não pode ir vai ai uma palhinha...<br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mmbFY8JeEcw?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/mmbFY8JeEcw?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="520" height="400"></embed></object>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-5591002919477523732010-10-25T16:10:00.000-07:002010-11-08T15:31:22.695-08:00Oficina com o Mestre Boca RicaComo havia anunciado no post anterior, a oficina com o Mestre Boca Rica aconteceu nos dias 18 e 19 de outubro, nesta, o Mestre cantou, falou sobre suas gravações, falou sobre o samba, e para os que foram no segundo dia viram o Mestre passar treino e até jogar. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmsfraudgXPrqF56nGlQ-1Fj0RjYs54A-ZTNdDeWH528HflxzdRnlPuW-TSqfdCt0w8b8KQomYA3Z_4CdEZrxjY1tkvjFsExGztlGWISyhgExSa8DhTcQWOi_Kn2DsRgk8IuMWgeXVmNFv/s1600/011.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmsfraudgXPrqF56nGlQ-1Fj0RjYs54A-ZTNdDeWH528HflxzdRnlPuW-TSqfdCt0w8b8KQomYA3Z_4CdEZrxjY1tkvjFsExGztlGWISyhgExSa8DhTcQWOi_Kn2DsRgk8IuMWgeXVmNFv/s400/011.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532126415550282562" /></a><br />No dia 18 o encontro aconteceu na Casa de Angola (sede da Escola de capoeira N'Golo Ia Muanda)e no dia 19 na Escola de Artes Marciais (sede da Escola da Capoeira Casa de Zungu).<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivsDMHX_b_j9Xfx2xs5XJPCCR4cb4l71mc4QDn8aApQfdViCIFJvbJMrlCu85Ek6dW0YSQNLxmFpoLvbckhKS5mP6jDK7XXXXca7LgT9KgWZVt9YHyMAr2bH7T8bvFJIwT2bypzppzVswM/s1600/evento+boca+rica+ter%C3%A7a+029.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivsDMHX_b_j9Xfx2xs5XJPCCR4cb4l71mc4QDn8aApQfdViCIFJvbJMrlCu85Ek6dW0YSQNLxmFpoLvbckhKS5mP6jDK7XXXXca7LgT9KgWZVt9YHyMAr2bH7T8bvFJIwT2bypzppzVswM/s400/evento+boca+rica+ter%C3%A7a+029.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532133674009759938" /></a><br />A Escola de capoeira N'Golo Ia Muanda agradece aos participantes pela presença, e a Casa de Zungu pela parceria que possibilitou o acontecimento deste encontro, a todos um grande abraço!<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnVJL7Uud03JMOYkln8s6NZHcI4tkdoh70unHFOl-5ocRrl81zX5Zh9qAHuInRRrnzubr6Hytz5U9qeSbRe8kPoIWQDFpyMo_utF8WzErMBeyDMfP1k9W2gKStAk9U6EFeHCOLaLZgOxmd/s1600/evento+boca+rica+ter%C3%A7a+050.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnVJL7Uud03JMOYkln8s6NZHcI4tkdoh70unHFOl-5ocRrl81zX5Zh9qAHuInRRrnzubr6Hytz5U9qeSbRe8kPoIWQDFpyMo_utF8WzErMBeyDMfP1k9W2gKStAk9U6EFeHCOLaLZgOxmd/s400/evento+boca+rica+ter%C3%A7a+050.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532134880494412978" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-37301802294396496012010-10-13T20:35:00.000-07:002010-10-13T20:39:30.658-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU2YCA9yu2E1ZPZoEt01nD8_vWIzC5PdvDesjBClOAZhVf5INjeSmp0Pi4lNRMvxyVzC8vzUTSYwwJgbA8rRMIUT7Zr7FAyn5RZumqsfUKzZ2xn2a2ZKg35AMku_fYMDti2Yba9AZTjVUZ/s1600/Convite+boca+rica.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 380px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU2YCA9yu2E1ZPZoEt01nD8_vWIzC5PdvDesjBClOAZhVf5INjeSmp0Pi4lNRMvxyVzC8vzUTSYwwJgbA8rRMIUT7Zr7FAyn5RZumqsfUKzZ2xn2a2ZKg35AMku_fYMDti2Yba9AZTjVUZ/s400/Convite+boca+rica.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527740496397887778" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-53218340042806175632010-10-02T16:18:00.000-07:002010-10-03T04:29:11.745-07:001º Aniversario da Escola de Capoeira Angola N'golo Ia Muanda - OsascoNo ultimo sabado dia 25 de setembro de 2010, ocorreu o 1º Aniversario da Escola de Capoeira Angola N'golo Ia Muanda - Osasco. <A href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0PIxaf75fC-WMGbbxLy0pLj70TsGDS2mVmw4Bgig7vppVzmJRBM-FpFyMSVTX2FwgjSvTas7lpPiPFz9MuFZbJDNS3JA4NTs56eSwxwNz7UuIqfqsi1hwma61ZG9W5DBAGX6qpWrPottC/s1600/OgAAAPm8hKpbsRwOeJwHdVVVhNZNzZI207f7dYiXigpAUpFEZ-SWgyHV2T3hFVjSl9WaVpoaAlDTfFswpxrKiynhlzoAm1T1UAjaBR5dzwvr5Z7Itt7AwnV_30UE%5B1%5D.jpg"><IMG style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id=BLOGGER_PHOTO_ID_5523598124248447906 border=0 alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0PIxaf75fC-WMGbbxLy0pLj70TsGDS2mVmw4Bgig7vppVzmJRBM-FpFyMSVTX2FwgjSvTas7lpPiPFz9MuFZbJDNS3JA4NTs56eSwxwNz7UuIqfqsi1hwma61ZG9W5DBAGX6qpWrPottC/s400/OgAAAPm8hKpbsRwOeJwHdVVVhNZNzZI207f7dYiXigpAUpFEZ-SWgyHV2T3hFVjSl9WaVpoaAlDTfFswpxrKiynhlzoAm1T1UAjaBR5dzwvr5Z7Itt7AwnV_30UE%5B1%5D.jpg"></A> (foto Michela Brigida) <br /><br />A festa começou as 19h com a Roda de Capoeira que contou com a presença de diversos Mestres, e inumeros convidados. <A href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw0fJOwUrmHijM04QAuzlw_I7hkuAo8qJQTPwiGguu1_4xa0LELb4pOBWVI-dRCt2z3QKDD9mcGsU5iWQdEgFzPtCoIMpQhPRHCPdU0Wm7VMvkVD_66_g3EIwuC64b3nSOXxDKT3QrPWCd/s1600/OgAAACCOBDDvy4Zn4-XtcAe72u9Ib2S3xcKQsItNDqo7DUDYHlBPQoAkPwwNVFFA_BIBKEfJe7GAXRDLNuQPRf5rdWgAm1T1UMsi_5aZhjA8MkTSMg-uCAhPXJ8o%5B1%5D.jpg"><IMG style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id=BLOGGER_PHOTO_ID_5523598380609776866 border=0 alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw0fJOwUrmHijM04QAuzlw_I7hkuAo8qJQTPwiGguu1_4xa0LELb4pOBWVI-dRCt2z3QKDD9mcGsU5iWQdEgFzPtCoIMpQhPRHCPdU0Wm7VMvkVD_66_g3EIwuC64b3nSOXxDKT3QrPWCd/s400/OgAAACCOBDDvy4Zn4-XtcAe72u9Ib2S3xcKQsItNDqo7DUDYHlBPQoAkPwwNVFFA_BIBKEfJe7GAXRDLNuQPRf5rdWgAm1T1UMsi_5aZhjA8MkTSMg-uCAhPXJ8o%5B1%5D.jpg"></A> (foto Michela Brigida) <br /><br />A junção de capoeiristas de diversos cidades, grupos e escolas diferentes gerou uma roda muito animada. E como dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, para quem gosta de apreciar a plastica dos movimentos ou a harmoniosidade da bateria.<br /><OBJECT width=520 height=385><PARAM NAME="movie" VALUE="http://www.youtube.com/v/Dp6ZUgj8Abg?fs=1&hl=pt_BR"><PARAM NAME="allowFullScreen" VALUE="true"><PARAM NAME="allowscriptaccess" VALUE="always"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/Dp6ZUgj8Abg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="520" height="385"></embed></OBJECT><br /><br />Entre as presenças ilustres da festa, o Mestre Ananias Ferreira, Figura importantissima na historia da capoeira, e o professor Marcelo Finco, idealizador da Escola de Capoeira Angola N'golo Ia Muanda. <A href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijapGC88aSHdzRKwzktrzQzlzqeYWqqp5UE53j9IOinrwo0SlVb25vB4WyPDYLnN4FyrJ8MVtWZjJtBlTgvybikTC42q0BHOulQ3JJgEGXXU3XpdZr8ZLRIsYFKJ0Hv6pQ_Xll_LKR-fl_/s1600/CAPOEIRA_374.jpg"><IMG style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 266px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id=BLOGGER_PHOTO_ID_5523600235351514194 border=0 alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijapGC88aSHdzRKwzktrzQzlzqeYWqqp5UE53j9IOinrwo0SlVb25vB4WyPDYLnN4FyrJ8MVtWZjJtBlTgvybikTC42q0BHOulQ3JJgEGXXU3XpdZr8ZLRIsYFKJ0Hv6pQ_Xll_LKR-fl_/s400/CAPOEIRA_374.jpg"></A> (foto Michela Brigida) <br /><br />E para que achou que tinha acabado, depois da Roda de Capoeira os convidados puderam contar com a percussão do grupo Baque Estendal, liderado pelo percussionista George Costa. O "Baque" ligou o povo no 220! foi para matar a vontade de dançar, curtir e absorver um pouco mais de cultura com o grupo. Infelizmente não consegui obter as fotos e a gravação da apresentação do Baque Estendal no dia, mas só pra ter uma ideia da energia desse pessoal...<br /><OBJECT width=520 height=385><PARAM NAME="movie" VALUE="http://www.youtube.com/v/EOQe3E-u3No?fs=1&hl=pt_BR"><PARAM NAME="allowFullScreen" VALUE="true"><PARAM NAME="allowscriptaccess" VALUE="always"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/EOQe3E-u3No?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="520" height="385"></embed></OBJECT><br /><br />Para que quiser saber mais do Baque Estendal http://baqueestendal.wordpress.com/ <br /><br />Depois da apresentação do Baque Estendal, galinhada, farofa e outras comidinhas mais, pena que o sabor ainda não se tornou possivel de postar..rs.. E enquanto nos deleitavamos com as delicias advindas da cozinha liderada pela coordenadora da Casa de Angola (Fatima), entrava em cena a chave de ouro da nossa festa, sem muitas palavras como apresentei no dia "com voces Samba N'Zambi"!<object width="520" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/0O2ZsTz3oDQ?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/0O2ZsTz3oDQ?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="520" height="385"></embed></object><br /><br />Na formação, percussão Danylo Boaventura e Bona Garcia, no cavaco Teco do Cavaco, no violão Arthur Frank, no contrabaixo Duzaum Mello e no vocal Maira Cantante.<A href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoQf6mMSyqyYlFzrnNt7iCvn_FXCmdQznXMNwrs2VU-LMw3vi3QAKopiHM5cwwiTCfzkXqR4AqXQe8KWLBRCwHKLHZDSDQOZmXOd9z3TV-UKiyWV6TkgPTcUUjWvPpiROJUuhEjwBrr4R5/s1600/IMG_8363.JPG"><IMG style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id=BLOGGER_PHOTO_ID_5523640373685811538 border=0 alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoQf6mMSyqyYlFzrnNt7iCvn_FXCmdQznXMNwrs2VU-LMw3vi3QAKopiHM5cwwiTCfzkXqR4AqXQe8KWLBRCwHKLHZDSDQOZmXOd9z3TV-UKiyWV6TkgPTcUUjWvPpiROJUuhEjwBrr4R5/s400/IMG_8363.JPG"></A> <br /><br /> Maira Cantante<A href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYuK7UmqGqSEca_agUWtxYiUR2GMMl-ho3IiAb6ewHoUBuPUJt3dndL3KupG5tsNtYs-wo1I8XbsEkm2owZN9chgVclBevoaihAN-VekzBBdfuKfTpV-pn33ohd2_oKQWwkL-My0klBYkJ/s1600/IMG_8380.JPG"><IMG style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 267px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id=BLOGGER_PHOTO_ID_5523642005328025218 border=0 alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYuK7UmqGqSEca_agUWtxYiUR2GMMl-ho3IiAb6ewHoUBuPUJt3dndL3KupG5tsNtYs-wo1I8XbsEkm2owZN9chgVclBevoaihAN-VekzBBdfuKfTpV-pn33ohd2_oKQWwkL-My0klBYkJ/s400/IMG_8380.JPG"></A> <br /><br /> Samba N'Zambi<A href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQLnwHZ0e8SNYvCe-PBPUUUyQ7Um0zUs0Hd0KwN5ztBzIOxMxw9hsqL_d8tah4JvcG4OKRIRJhtceMVE426gzobUC0bTzhJIghluqXpZJJ6WmwLPEZWp0zEWnTRi35IO3NadiE2JdliqCC/s1600/IMG_8413.JPG"><IMG style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id=BLOGGER_PHOTO_ID_5523642998107606162 border=0 alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQLnwHZ0e8SNYvCe-PBPUUUyQ7Um0zUs0Hd0KwN5ztBzIOxMxw9hsqL_d8tah4JvcG4OKRIRJhtceMVE426gzobUC0bTzhJIghluqXpZJJ6WmwLPEZWp0zEWnTRi35IO3NadiE2JdliqCC/s400/IMG_8413.JPG"></A> <br /><br />Bom muita coisa rolou, muitas amizades foram feitas e reforçadas, e da minha parte, só me resta agradecer a todos os amigos que vieram prestigiar e que contribuiram para que esta festa acontecesse. Asé!Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-90028156383862008162010-09-21T13:31:00.000-07:002010-09-23T10:07:40.040-07:00Instituto Mangue CulturalNo dia 12 de setembro foi o dia de visitarmos o nosso amigo Luiz Poeira, sua fama ja corre por ai entre os que gostam de bons instrumentos percussivos e personalizados.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjv9-5u7M6q2-Th8RmwFoSH42tGJOzPTyxICg56CWzOG-7CtxYCQ64k5EA9XbV_L_bi5IVEZZtFy5b-uNPVTeZ-SaeVZTKURWao6l__NUPW71eZ4Ueaeg_Tc6A3xYS5slMjhTYlIRns-C2/s1600/poeira+004.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjv9-5u7M6q2-Th8RmwFoSH42tGJOzPTyxICg56CWzOG-7CtxYCQ64k5EA9XbV_L_bi5IVEZZtFy5b-uNPVTeZ-SaeVZTKURWao6l__NUPW71eZ4Ueaeg_Tc6A3xYS5slMjhTYlIRns-C2/s400/poeira+004.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519469982301023698" /></a><br />Neste dia, em uma roda com muito <em>Asé</em>, Poeira reinaugurou a capoeira angola no Instituto Mangue Cultural, que ja conta tambem com as aulas de dança afro da professora Flavia Mazal.<br />O instituto Mangue Cultural fica localizado na rua Purpurina 534, Vila Madalena. Informações: (11) 37443719 / 94370890Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-67290667531482083042010-09-20T13:16:00.000-07:002010-09-20T13:18:56.822-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLzC8216u3zg9SwXy-pA3vrUSl_UnkvI3UHeRJVQWgrVBSJMLCqK1ELrigzBq4iN2a8b4bsMmLlNheE4zPbGb4C227uOlW5XzUDaJAK7H557gima5mQuGejPrw-F_PF-sjBasMMDmb0CYX/s1600/casa_de_angola_7.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 334px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLzC8216u3zg9SwXy-pA3vrUSl_UnkvI3UHeRJVQWgrVBSJMLCqK1ELrigzBq4iN2a8b4bsMmLlNheE4zPbGb4C227uOlW5XzUDaJAK7H557gima5mQuGejPrw-F_PF-sjBasMMDmb0CYX/s400/casa_de_angola_7.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519092758109012162" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-34356658458561268022010-09-20T12:33:00.000-07:002010-09-20T13:10:37.328-07:00Exu - Legba -Eleguá - Bará<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNEPtXnj_mn3bVCy4490-C6YiRL1zYvXCVHGozxjfpFNDDnoCeEYW-lBJHeyB31G2i3DBW2tYLpGPhKsiqjOU8beq3zDjnQI-85HX1QaQxa4aHE_SZZ6el7Ii2AKt8Mhd96Ism5EKPabyM/s1600/Encruzilhada.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 230px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNEPtXnj_mn3bVCy4490-C6YiRL1zYvXCVHGozxjfpFNDDnoCeEYW-lBJHeyB31G2i3DBW2tYLpGPhKsiqjOU8beq3zDjnQI-85HX1QaQxa4aHE_SZZ6el7Ii2AKt8Mhd96Ism5EKPabyM/s400/Encruzilhada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519081685829981682" /></a><br />Exu ganha o poder sobre as encruzilhadas<br /><br />Exu não tinha riqueza, não tinha fazenda, não tinha rio, não tinha profissão, nem artes, nem missão.<br />Exu vagabundeava pelo mundo sem paradeiro.<br />Então um dia, Exu passou a ir à casa de Oxalá.<br />Ia a casa de Oxalá todos os dias.<br />Na casa de Oxalá, Exu se distraia,<br />vendo o velho brincando com os seres humanos.<br />Muitos e muitos tambem vinham visitar Oxalá, mas ali ficavam pouco, quatro dias oito dias e nada aprendiam.<br />Traziam oferendas, viam o velho Orixá, apreciavam sua obra e partiam.<br />Exu ficou na casa de Oxalá 16 anos.<br />Exu prestava muita atenção na modelagem e aprendeu como Oxalá fabricava as mãos, os pés, a boca, os olhos, o penis dos homens, as mãos, os pés, a boca, os olhos e a vagina das mulheres.<br />Durantes 16 anos ali ficou ajudando o velho Orixá.<br />Exu não perguntava.<br />Exu observava.<br />Exu preestava atenção.<br />Exu aprendeu tudo.<br /><br />Um dia Oxalá disse a Exu para ir postar-se na encruzilhada por onde passavam os que vinha à sua casa.<br />Para ficar ali e não deixar passar ninguem que não trouxesse uma oferenda a Oxalá.<br />Cada vez mais havia mais humanos para Oxallá fazer.<br />Oxalá não queria perder tempo recolhendo os presentes que todos lhe ofereciam.<br />Oxalá nem tinha tempo para as visitas.<br />Exu tinha aprendido tudo e agora podia ajudar Oxalá.<br />Exu coletava os ebós para Oxalá.<br />Exu recebia as oferendas e as entregava a Oxalá.<br />Exu fazia bem o seu trabalho e Oxalá resolveu recompensa-lo.<br />Assim, quem viesse a casa de Oxalá teria que pagar alguma coisa tambem a Exu.<br />Quem estivesse voltando da casa de Oxalá tambem pagaria algo a Exu.<br />Exu mantinhasse sempre a postos guardando a casa de Oxalá.<br />Armado de um ogó, poderoso porrete, afastava os indesejaveis e punia quem tentasse burlar sua vigilancia.<br />Exu trabalhava demais e fez ali sua casa, ali na encruzilhada.<br />Ganhou uma rendosa profissão, ganhou ali seu lugar, sua casa.<br />Exu ficou rico e poderoso.<br />Ninguem pode mais passar pela encruzilhada sem pagar alguma coisa a Exu.<br /><br />retirado de PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orishas. p. 40, 41.<br />foto: freeweb.com/obakeloge/Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-6069958322786538102010-09-06T13:01:00.000-07:002010-09-06T13:10:57.275-07:00Ivan Poli - Circulo de Cultura Afro, Biblioteca Municipal de Osasco.O que são Orikis? : Uma introdução sobre um dos<br />gêneros da literatura Oral Yorubá.<br />0- Introdução<br />Ouvimos falar muito,quando resolvemos falar dos Yorubás , da chamada<br />Nagocracia, e que na verdade outros povos da África que igualmente nos<br />constituíram através de suas diásporas, não são tratados com a mesma<br />relevância. Contudo o que vemos na verdade, em relação aos nagôs, e em<br />parte por responsabilidade do estereótipo da Nagocracia, é algo que nomeio de<br />Nagonomia.<br />Este povo tão importante na nossa formação e que tem sua inegável marca em<br />nossa constituição cultural e identitária, na maioria das obras a que a eles se<br />referem, são vistos e observados somente no contexto religioso. Salvo raras<br />exceções como Risério, Lépine, Salami, uma parte da obra de Verger, Wande<br />e outros autores da Universidade de Ile Ife, é como se os Yorubás não<br />pudessem ser objeto de estudos em um contexto histórico ou antropológico.<br />Inclusive os mitos dos Orixás, normalmente são vistos somente no contexto de<br />sua mística, como se não tivessem também um papel civilizatório e<br />pedagógico, que tenham influenciado a sociedades africanas de onde são<br />originários e muito menos os povos que se formaram com a contribuição da<br />diáspora Yorubá, como nós brasileiros.<br />No sentido de prestar uma pequena contribuição, no sentido de combater esta<br />imagem que reforça o que, a meu ver, chamo de Nagonomia que estou<br />realizando este trabalho de extensão com o aval do Núcleo de Cultura<br />Extensão da Biblioteca Municipal de Osasco.<br />Ofereço este trabalho aos 100 anos de Ile Axé Opo Afonjá em Salvador e mais<br />especificamente a Mãe Stella , a quem tanto admiro e tive a oportunidade de<br />visitá-la na ocasião de seus 70 anos de Santo.<br />Tive a felicidade de poder presenteá-la na ocasião com flores brancas que<br />simbolizavam Yemanjá e seu pranto na lenda que falava que seu filho Oxossi<br />teria sido seu último e mais querido filho a deixá-la em busca de sua própria<br />liberdade. Segundo esta lenda, Yemanjá chorou tanto que seu pranto e ela<br />mesma se transformaram no mar, que se tornou seu domínio. Não podemos<br />esquecer que por através deste mar vieram nossos ancestrais de diversas<br />diásporas, às quais nós brasileiros somos filhos, uns em busca da liberdade<br />que Oxossi buscava ao deixar Yemanjá, outros tendo sua liberdade privada<br />neste processo, e tendo que lutar por ela nestas terras de diáspora. A estes<br />não podemos esquecer que nos ensinaram o quanto vale a afirmação da<br />própria identidade e o quanto vale o sentido da palavra memória. Esta Memória<br />de onde jamais será apagado o pranto daquela mãe que foi Yemanjá ao ver<br />seu filho Oxossi ir ao que para ela era um destino incerto e que foi o mesmo<br />pranto de tantas mães que perderam seus filhos, nossos ancestrais, nas<br />diásporas (sobretudo africana). Contudo ao terem atravessado estes mares<br />das lágrimas de Yemanjá nossos ancestrais africanos e outros chegaram a um<br />novo solo, fizeram uma nova pátria e adotaram o espírito destas novas terras.<br />Quando vou ao Afonjá e vejo pelas mãos e pelos olhos de Mãe Stella, que<br />nossas tradições ancestrais ainda estão vivas, vejo que Oxossi atravessou o<br />mar de lágrimas de nossa mãe Yemanjá e a reencontrou em algum lugar no<br />Orun (céu) entre África e América através do Axé (lei e força vital) que vem do<br />abraço que nos damos entre nós que nos dão todos os Orixás, de quem nós<br />brasileiros incorporamos os arquétipos para viver nosso dia a dia,<br />independentemente de nossas crenças. A isto tudo dedico este trabalho.<br />1 – Oriki = Evocação.<br />Oriki é, antes de tudo, uma das diversas tradições literárias da oralidade yorubá<br />(objeto central de estudo do curso de extensão que estou ministrando na<br />biblioteca de Osasco, dentro de um dos cursos do ciclo de cultura africana). No<br />entanto, para entendermos melhor o que ele significa, assim como introduzir<br />suas características, precisamos nos ater aos prováveis significados<br />etimológicos da palavra Oriki.<br />O vocábulo Oriki é formado a partir de Ori (cabeça) e ki (saudação), o que nos<br />leva a concluir que ele representa uma saudação à cabeça. Esta conclusão,<br />portanto não elucida muito sobre o seu real significado se não estivermos<br />atentos ao que esta cabeça representa simbolicamente dentro da tradição<br />cultural dos yorubás.<br />O professor nigeriano Salami (1999) define Oriki como sendo uma evocação, a<br />partir do sentido de Oriki como sendo Ori (origem) e ki (saudação). Portanto,<br />esta explicação nos leva a crer que na Cabeça se encontra realmente a Origem<br />dos seres segundo os yorubás.<br />A partir disso podemos concluir que esta evocação na qual consiste o oriki<br />segundo Salami se dá através do contato com o que os yorubás definem como<br />sendo nossa própria Origem e que simbolicamente reside em nossa Cabeça.<br />2- Ori, A cabeça como uma Divindade.<br />Para entendermos melhor o que significa Oriki e por que esta saudação à<br />cabeça consiste em uma real evocação, é necessário que entendamos<br />primeiramente o que significa o Ori e que espaço este conceito ocupa na<br />mística e no imaginário yorubá.<br />Dentro do conjunto de Odus da Poesia Sagrada de Ifá (outro gênero da<br />literatura oral yorubá, que agrega em si uma série de poemas e lendas míticas)<br />há uma história que explica bem isto. Esta lenda se encontra dentre as lendas<br />do primeiro Odu (Ejiogbe) e que transcrevo abaixo:<br />O trabalho mais importante de Ejiogbe no céu foi à revelação de como a<br />cabeça, que era em si uma divindade passou a deter um espaço permanente<br />no organismo. As divindades foram criadas originalmente sem cabeça por que<br />a própria cabeça era uma divindade.<br />O awo (sacerdote) que fez divinação para a cabeça (o Ori) é chamado Amure e<br />morava no Orun (céu). Orunmila convidou Amure para fazer adivinhação sobre<br />como fazer para ter uma fisionomia completa por que nenhuma das divindades<br />tinha cabeça até aquele momento. O Awo disse a Orunmilá que esfregasse<br />ambas as palmas das mãos rogando ao alto para ter uma cabeça. Ele disse<br />para fazer sacrifícios com quatro obis (nozes de cola), panela de barro esponja<br />e sabão. Disse para que guardasse as nozes de cola em um lugar sagrado<br />sem parti-las, pois haveria um visitante inconseqüente que posteriormente iria<br />fazê-lo. Ori (a cabeça) convida também Amure para fazer divinação e foi lhe<br />dito que servisse ao seu anjo guardião quatro nozes de cola que não poderiam<br />ser compradas e que só começaria a prosperar depois que fizesse o sacrifício.<br />Depois de realizar seu próprio sacrifício Orunmilá deixou as quatro nozes de<br />cola em seu lugar consagrado como Ifá disse que teria que ser feito. Pouco<br />depois Exu anunciou no Orun (céu) que Orunmilá havia deixado as quatro<br />nozes de cola em seu lugar sagrado e que estava procurando uma divindade<br />para parti-las.<br />Lideradas por Ogum, todas as divindades visitaram Orunmilá, uma após outra,<br />mas ele disse a cada uma delas que não eram suficientemente forte para partilas.<br />Elas se sentiram destratadas e retiraram se aborrecidas. Até mesmo Orixá<br />Nlá (Oxalá o deus filho) visitou Orunmilá, porém este o agraciou com nozes de<br />cola melhores dizendo que as nozes de cola em questão não estavam<br />destinadas a serem partidas por ele. Como se sabe, Deus nunca perde a calma<br />e Oxalá aceitou as nozes frescas oferecidas por Orunmilá e foi embora.<br />Finalmente Ori (a cabeça) decidiu ir visitar Orunmilá. Foi rolando então para a<br />câmara de Orunmilá e logo que este viu Ori rolando para sua casa, saiu ao seu<br />encontro para entretê-lo. Imediatamente Orunmilá pegou um pote de argila,<br />água, sabão e esponja e começou a lavagem de Ori. Após secá-lo, Orunmilá<br />levou Ori até o seu local sagrado e solicitou que partisse as nozes de cola.<br />Depois de agradecer a Orunmilá por seu gesto honroso, Ori rezou para<br />Orunmilá, com as nozes de cola para que tudo o que Orunmilá fizesse tivesse<br />sucesso e para que tudo se realizasse. Ori tornou a usar as nozes de cola para<br />rezar para si mesmo, para ter um local de residência permanente e muitos<br />seguidores. Em seguida Ori rolou para trás e bateu contra as nozes de cola<br />que se partiram em uma explosão intensa que pode ser ouvida em todos os<br />lugares do Orun (céu). Ao ouvir o som das explosões todas as outras<br />divindades imediatamente compreenderam que finalmente as nozes de cola<br />haviam sido partidas. Todos ficaram curiosos para saber quem tinha partido as<br />nozes que haviam desafiado a todos, inclusive a Deus. Quando Exu anunciou<br />que Ori tinha conseguido todos concordaram que Ori era a divindade indicada<br />para fazê-lo.<br />Quase imediatamente após, as mãos, os pés, o corpo, a barriga, o tórax, o<br />pescoço, etc. que até então tinham identidades específicas decidiram viver com<br />a cabeça, lamentando-se por não terem percebido antes que esta era tão<br />importante. Juntos todos levantaram sobre si a cabeça e ali, no lugar sagrado<br />de Orunmilá a cabeça foi coroada como o rei do corpo. Esta é a razão, devido<br />ao papel desempenhado por Orunmilá em sua sorte, pela qual a cabeça tem<br />que tocar o solo e mostrar respeito e reverência a Orunmilá até os dias de hoje.<br />Esta também é a razão pela qual apesar de ser a mais jovem de todas as<br />divindades, Orunmilá é a mais importante entre elas.<br />Para que o filho de Ejiogbe viva muito tempo na terra deve procurar awos<br />(sacerdotes) de grande saber e inteligência para preparar um sabão especial<br />com o crânio de um animal. Ejiogbe é a divindade padroeira da cabeça, por<br />que foi ele que no Orun (céu) fez o sacrifício que converteu a cabeça em rei do<br />Corpo.<br />Ejiogbe provou ser o mais importante Olodu ou apóstolo de Orunmilá na terra.<br />Apesar de originalmente ser um dos mais jovens. Ele pertence a uma segunda<br />geração de profetas, que se ofereceram para vir a este mundo a fim de torná-lo<br />um lugar melhor para viver. Ele foi um apóstolo de Orunmilá muito criativo tanto<br />quando estava no Orun (céu) quanto quando veio para este mundo (Aiye).<br />A lenda acima que elucida a questão do Ori (cabeça) na mística e imaginário<br />Yorubá nos dá elementos suficientes para que possamos introduzir<br />satisfatoriamente este conceito de Ori.<br />3 – Conceito de Ori.<br />Segundo o que nos fala Béniste quando cita Babatundé Lawal da Universidade<br />de Ile Ifé na Nigéria quando se refere à cabeça:<br />“Na maioria das esculturas africanas tradicionais a cabeça é a parte mais<br />proeminente porque, na vida real, é a parte mais vital do corpo humano. Ela<br />contém o cérebro – morada da sabedoria e da razão; os olhos – a luz que<br />ilumina os passos do homem pelos labirintos da vida; os ouvidos – com os<br />quais o homem escuta e reage aos sons; e a boca- com qual ele come e<br />mantém corpo e alma unidos. As outras partes do corpo são abreviadas para<br />enfatizar posições subordinadas. Tão importante é a cabeça em muitas<br />sociedades africanas que ela é adorada como sede da personalidade e destino<br />do homem... Ori é todo o ase (axé) que uma pessoa tem, e sua sede é na<br />cabeça, é ela que, geralmente, vem primeiro ao mundo e abre caminho para<br />trazer o resto do corpo”<br />O trecho acima nos dá a dimensão, a partir do conceito estético, de qual a<br />importância que o Ori assume simbolicamente no imaginário Yorubá. Outro<br />ponto importante a se citar para agregar valor a este conceito se refere a outra<br />lenda relativa ao Ori.<br />Segundo Béniste, os aspectos da experiência humana são predestinados pela<br />escolha que fazemos de nosso orí. Segundo a tradição mítica yorubá, após<br />sermos modelados por Oxalá (Orisa Nla), Ajalá é convocado com a tarefa de<br />fornecer o Ori (cabeça) e cada ancestral nosso cede as substâncias<br />necessárias para aperfeiçoar a forma de nossas cabeças. Estas substâncias<br />nos acompanham todo o tempo e são merecedoras de respeito e culto.<br />Portanto, mesmo que Ajalá se trate de um Orixá, não deixa de ter suas<br />deficiências. É esquecido e descuidado e devido a isto nem sempre as cabeças<br />saem boas. Como resultado disso a maioria das pessoas escolhem por si<br />mesmas as cabeças sem recorrerem a Ajalá e acabam assim por escolher<br />cabeças ruins e imprestáveis. Neste contexto, recorrendo a Salami que nos<br />fala que o Ori é nossa Origem, além de nossa simples cabeça física, temos que<br />nosso destino inteiro é marcado pela escolha desta cabeça e para tanto<br />existem rituais e práticas como o Bori (que quer dizer em Yoruba bo Ori, dar de<br />comer ao Ori) para restabelecer o equilíbrio necessário nesta nossa cabeça<br />(que nos determina, a partir de nossa origem, o nosso destino). Voltando a<br />Béniste, ele nos expõe que segundo a tradição yorubá um homem com uma<br />cabeça bem feita terá um destino de sucesso, daí o dito tradicional – Ajalá,<br />modelador de cabeça no Orun (céu), molde uma boa para mim. Desta forma<br />cada Ori se constitui em uma divindade pessoal que regula nossas vidas e nós<br />mesmos escolhemos nosso Ori rere (bom Ori) ou Ori Buruku (mau Ori). Como<br />nos continuam expondo Béniste e Salami é através do Jogo de Ifá, que<br />Orunmilá revelará o tipo de Ori que está conosco e conseqüentemente este Ori<br />irá declarar a nós seus desejos, sempre através do Jogo de Ifá.<br />Neste contexto, torna-se mais clara a importância de se evocar o Ori como nos<br />fala Salami.<br />4 - Ori Ode e Ori Inu (cabeças interior e exterior).<br />Ao nos depararmos com a estrutura do Ori, vemos o quanto complexo torna-se<br />este conceito. Conforme nos explica Béniste a partir da Obra de Babatunde<br />Lawal:<br />Ori ode é a denominação da cabeça física e Ori Inu é a cabeça interior. Sendo<br />que a primeira é confiada a Ossain e a Ogum, ou seja, ao saber médico; a<br />segunda está ligada a Ifá e aos demais Orixás, ou seja, ao saber divino. Ori<br />ode é que se presta para suporte das obrigações iniciáticas. Ori inu é a<br />essência da personalidade, da alma do homem que deriva diretamente de<br />Olodumare. É Ele quem a coloca no homem, mas que, após a morte, A Ele<br />Retorna... Ori Inú é o ser interior ou o ser espiritual do homem e é imortal. Ori<br />Ode é a cabeça física propriamente dita ou filosoficamente, a matéria. Ela é<br />Mortal e oposição a Ori Inu, que foi criado por Ajalá, um antigo Orixá, segundo<br />as ordens de Olodumare. A diferença entre as duas pode ser observada neste<br />Trecho do verso de Ifá do Odu Ogbetegunda:<br />A colina proclama, o vale proclama.<br />A consulta a Ifá realizada para a cabeça interior<br />A consulta a Ifá realizada para a cabeça exterior<br />A Cabeça interior disse que era a mais velha<br />A Cabeça exterior disse que era a mais velha<br />Invoque minha cabeça interior<br />De modo que a interior não estrague a exterior<br />A interior prevê sucesso para o homem<br />De modo que o homem pode construir casas<br />A cabeça interior leva o homem a ter uma esposa.<br />Pelo texto apresentado, é o Ori Inu que controla o Ori Ode. Isto sugere,<br />Portanto que o sucesso do ser exterior dependa essencialmente da natureza<br />dinâmica interior do homem.<br />Vale fazer o parêntese de que a referência ao “A cabeça interior leva o homem<br />a ter uma esposa” não é desconexa, tola ou despropositada, ainda mais por<br />estarmos tratando de uma sociedade da África Subsaariana, como muitas<br />outras, na qual as relações entre as linhagens determinam diversas coisas e<br />dentre elas as relações de poder. Isto que justifica a importância vital dos<br />casamentos e conseqüentemente de se ter uma esposa que é portadora do<br />ventre que dará seqüência a estrutura social das linhagens.<br />5- Ori na estética Yorubá.<br />Conforme já citei em item anterior, Lawal nos expõe que na maior parte das<br />esculturas africanas a cabeça é a parte mais proeminente. Desta forma sua<br />proporcionalidade nestas esculturas faz jus à sua importância nos planos físico<br />e simbólico se retomamos os conceitos de Cabeça Exterior e Interior<br />respectivamente.<br />Contudo, para entender melhor este fato que se reflete especificamente na<br />estética Yorubá, recorro ao conceito de Odara, segundo me explicou Salami<br />em aula em 1993, no seu curso de Yorubá na USP.<br />Normalmente, conforme conhecemos através da celebre música de Caetano<br />Veloso, podemos traduzir Odara por Belo, Portanto Salami nos explica que<br />além de belo, Odara também traz o sentido de útil. Desta forma quando os<br />yorubás se referem a suas obras de arte como Odara, estão se referindo a algo<br />que ao mesmo tempo é belo e útil. Isto justifica o fato de que certas partes do<br />corpo sejam representadas com maior proeminência do que outras, por<br />desempenharem funções de maior utilidade física e simbólica do que as<br />demais. Este fato determina, inclusive, que estas representações possam ser<br />desproporcionais em relação ao corpo humano, e também ao padrão estético<br />predominante na arte grega clássica que se auto-determinava uma<br />representação perfeita da realidade.<br />Segundo a percepção estética dos yorubás, uma estátua grega jamais seria<br />odara na acepção completa da palavra e do conceito, pois os exemplares da<br />arte grega clássica não colocam em destaque as partes do corpo de maior<br />importância e utilidade vitais para os Yorubás.<br />Dois exemplos claros desta percepção estética que temos são as conhecidas<br />representações de Exu e Oxum nos Templos Yorubás; Começando por Exu,<br />como toda estátua yorubá, tem a cabeça proeminente, dentro desta os olhos,<br />os ouvidos, a boca, pés e mãos grandes e desproporcionais, assim como seu<br />órgão reprodutor ereto. Todos representando as proporções de importância<br />que estas principais funções representam no simbolismo Yorubá; No caso da<br />deusa Oxum, como vemos em suas representações em um de seus templos de<br />Osogbo, nas fotografias de Pierre Verger, além da proeminência da cabeça,<br />das mãos e dos pés, temos a proeminência e desproporção dos Seios e do<br />Ventre, (o que é muito comum em outras culturas africanas subsaarianas), que<br />representam dois lados da maternidade significativos. Os ventre e seios de<br />Oxum representados de tal forma, em destaque, são Odara em seu sentido<br />integral, sobretudo por serem úteis a função reprodutora essencial para a<br />continuidade desta sociedade de linhagens. Além disso, isto se justifica<br />também pelo fato de que, segundo nos afirma o oriki de Oxaguian, é pelo<br />ventre, na tradição yorubá, assim como em outras tradições da África<br />Subsaariana,que se expressam nossos sentimentos, quando diz literalmente,<br />em língua yorubá:<br />Oxaguian não tem maldade na barriga<br />(o que Verger traduz por: Oxaguian não é mau)<br />Em resumo, percebemos através destas representações de orixás que a<br />percepção estética yorubá se faz representativa no que nos liga com o mundo<br />sensorial do Aiye (terra, Mundo físico) através da forma enfática com que<br />constrói nossos órgãos de sentido do mundo físico como o de audição, paladar,<br />visão, tato e órgãos de reprodução. Por outro lado esta proeminência também<br />se dá em nossas partes do corpo que nos ligam simbolicamente com o mundo<br />intangível, como a Cabeça no sentido de Cabeça Interior, que na verdade<br />pertence a Orunmilá e ao Orun (céu) e para o qual tecemos orikis e que são<br />nosso objeto central neste estudo.<br />6- Tipos de Oriki<br />Existem diversos tipos de Oriki e podemos até mesmo tentar enumerá-los. São<br />exemplos de Oriki os:<br />Oriki Orilé- Para Linhagens (tem relação estreita com as marcas faciais dos<br />yorubá)<br />Oriki Borokini- para pessoas ilustres<br />Oriki Ilu – para cidades<br />Akijá- Anti – Oriki<br />Oriki Orisa- Para os Orixás<br />Oriki Amutorunwa – Oriki individual de nascimento e nominação (assume<br />formas diferentes no caso de gêmeos, crianças nascidas depois de gêmeos,<br />crianças nascidas com cordão umbilical enrolado no pescoço, ou que o Oráculo<br />prevê que morrerá antes dos pais.)<br />Além disso, até mesmo animais, plantas e folhas têm seus orikis, pois tudo que<br />têm vida tem Ori e pode ter um Oriki.<br />7- Oralidade e Importância da Palavra dentre os Yorubás.<br />Para entender melhor a expressão oral e importância da palavra entre os<br />Yorubás é necessário que apresente o conceito de Axé. (Ase).<br />Após explicar a importância ritual do Asé entre os Yorubás, Salami, em sua<br />tese de doutorado, nos define esse ase como sendo a força vital que se<br />expressa também em toda palavra. Ele nos lembra que o significado<br />etimológico da palavra ase vem de a se (assim seja, assim se faça) e desta<br />forma como a palavra porta o Ase, ela tem o poder de fazer com o que está<br />sendo afirmado se concretize.<br />Se recorrermos a Verger, em algumas ocasiões ele traduz a palavra Asé (axé)<br />por Lei, o que faz com que nos remetamos comparativamente e imediatamente<br />aos significados de rta (ordem) e Vac (verbo) da cultura sânscrita, dos quais os<br />ritos védicos dependem e são feitos para a manutenção da ordem cósmica e<br />na qual a palavra (corretamente pronunciada ritualmente em sânscrito), nos dá<br />acesso aos planos sutis da criação. Ambos os conceitos, apesar de estarem<br />presentes em uma cultura tão distante da Yorubá, apresentam alguma<br />proximidade com o conceito do Ase Yorubá, seja no seu universo ritualístico,<br />como impregnado na carga simbólica que a palavra carrega para este povo.<br />Outro elemento que devemos observar na questão da oralidade e no valor da<br />palavra para os yorubá e as sociedades da África subsaariana pode ser muito<br />bem expressa por Hampate Ba quando cita Tierno Bokar Salif e diz:<br />“A escrita é uma coisa, o saber outra. A escrita é fotografia do saber, mas não<br />é o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem. A herança de tudo<br />aquilo que nossos ancestrais vieram a conhecer e que se encontra latente em<br />tudo que nos transmitem, assim como o Baobá já existe em potencial em sua<br />semente”<br />Além de nos elucidar melhor o conceito de Asé, como força vital que vem da<br />ancestralidade e está presente tanto na ritualística quanto na palavra dentre os<br />yorubás, esta citação também nos faz compreender melhor a força tradições<br />orais dentre os africanos subsaarianos, pois a escrita sendo apenas uma<br />fotografia do saber, e não sendo o saber em si, esta não se torna uma<br />condição para a transmissão do saber ancestral. Risério nos fala da<br />característica fluída e flexível das culturas da maior parte das sociedades que<br />mantém as tradições orais na África subsaariana. Em geral elas se diferenciam<br />da rigidez canônica das sociedades que se desenvolveram a partir da escrita.<br />Este fato nos ajuda a compreender o que nos afirma Hampatê Ba quando nos<br />defende que as tradições Orais predominantes nas culturas da África<br />Subsaariana não representam uma falta de habilidade destas sociedades para<br />a escrita, mas sim uma forma característica de se expressar. Algo para o qual<br />nossa cultura clássica Ocidental geralmente não se atentou e criou muitos<br />preconceitos, esquecendo até mesmo o caráter oral dos poemas épicos<br />clássicos.<br />Neste sentido também podemos, de novo, citar comparativamente a Índia e as<br />tradições Sânscritas na qual os próprios textos Védicos por muito tempo foram<br />proibidos de ser transcritos, por portarem em si um conteúdo demasiadamente<br />sagrado para deixarem de ser transmitidos pela tradição oral através das<br />gerações de sacerdotes.<br />Da mesma forma, o distanciamento das tradições de transmissão oral e<br />sobretudo não ter para quem transmitir o conhecimento ancestral é um grande<br />temor dentre os anciãos e sacerdotes nas sociedades subsaarianas, conforme<br />nos elucida Hampatê Ba em seu Tradição Viva. Pois o saber está na palavra e<br />não na letra, pois a letra é apenas uma fotografia da palavra, mas se não for<br />pronunciada não traz o Asé da palavra.<br />Vou mais além ainda neste conceito, e ouso afirmar, segundo esta lógica, que<br />a obra de arte é a fotografia da arte, e não a arte em si mesma. Pois a partir do<br />momento que existe o conceito da arte no imaginário do artista, ela já se faz<br />viva e a obra de arte é apenas a fotografia deste conceito que teve origem na<br />sensibilidade do artista. Dentro dos processos criativos dos textos da oralidade<br />Yoruba isto também se expressa, como veremos mais a frente quando formos<br />falar da estrutura dos Orikis. Entendemos melhor isto se nos lembrarmos que<br />sem o conceito de Ori não podemos criar orikis.<br />Outro ponto que não posso esquecer, é que a palavra dentre os Yorubás,<br />tendo em si o princípio da força vital e da lei ancestral que nos sustenta (Ase),<br />não pode admitir a mentira, senão como uma transgressão Moral. O que<br />também Hampate Ba cita no caso dos Bambara e Fulani em seu Tradição Viva,<br />devido ao fato da própria criação, para estes povos, terem emergido da Palavra<br />do Criador.<br />Para ilustrar a relevância desta transgressão moral que é a mentira e do<br />mentiroso como transgressor moral no contexto do poder da palavra como<br />portadora da força vital e a lei ancestral do Ase (Axé) entre os Yorubás<br />podemos citar exemplos de versos de orikis de Xangô, Oxum e Yansã, como:<br />Ela fura com sua sineta o ventre do mentiroso( Oriki de Oxum Ipetu)<br />Ele não aceita a oferenda do mentiroso (Oriki de Xango em Oyo)<br />Ele mata o mentiroso e enfia seu dedo no olho dele (Oriki de xangô Afonjá)<br />Olha brutalmente de soslaio o mentiroso (Oriki de Xangô em Osogbo)<br />O mentiroso foge antes mesmo que ele lhe dirija a palavra (Oriki de Xangô em<br />Osogbo)<br />Os daomeneanos são mentirosos, eles não têm um talismã como o de Oyá<br />(Oriki de Oyá)<br />Na ultima citação temos um exemplo histórico de que esta transgressão moral<br />poderia até mesmo ser um dos fatores legitimariam o domínio do reino Yorubá<br />de Oyo sobre o Daomé no imaginário dos Yorubás, pelo fato dos<br />daomeneanos, ao serem colocados e taxados com a reputação de mentirosos,<br />mesmo que hipoteticamente, seriam, dessa forma, moralmente inferiores aos<br />yorubá, e por isso poderiam ser subjugados pela Coroa do Alafin de Oyo.<br />8 - Gêneros da literatura Oral Yoruba.<br />Voltando a defender que não é pelo fato da ausência da palavra escrita que<br />uma sociedade não pode desenvolver ricos gêneros literários é que exponho,<br />segundo nos enumera Salami, os gêneros da literatura oral yorubá mais<br />importantes e que são:<br />Oriki- Evocação. Utilizado para evocar a presença e o espírito (Ori) do seu<br />objeto. Um Oriki de Orixá, por exemplo, se corretamente pronunciado, pode<br />fazer com que um iniciado entre em transe.<br />Adura – Oração. É utilizada para fazer pedidos aos Orixás e divindades ou<br />ancestrais, pode conter trechos de Orikis, como o caso da saudação de Xangô<br />, mas difere na forma e na função de um Oriki.<br />Iba- Saudação. Utilizada para se colocar em posição de submissão ao Orixá rei<br />ou ancestral mítico ou de linhagem.<br />Orin – Cantigas. Usadas para trazer á memória e homenagear o objeto da<br />cantiga<br />Orin Esa- Cantigas de homenagem aos ancestrais masculinos<br />Orin Efe- Cantigas em homenagem aos ancestrais femininos<br />Ijala e Iremoje – Grandes Poemas. Geralmente para se preparar para<br />determinadas atividades dentro de ofícios considerados nobres ou essenciais<br />(como a caça no caso dos Ijala, que eram basicamente poemas feitos em<br />homenagem aos caçadores ancestrais para que se tenha uma boa caça).<br />Esta multiplicidade de Gêneros nos faz refletir que enquanto sociedades da<br />África Subsaariana de tradição literária oral como a Yorubá desenvolvem toda<br />esta variedade; na formação clássica de educadores ainda nos atemos<br />somente ao estudo do poema épico das sociedades da cultura clássica grega<br />como se fosse a única capaz de nos dar uma idéia dos fundamentos do herói<br />na educação. Agimos como se a África subsaariana não dissesse respeito a<br />nós e à nossa cultura, ignorando toda essa riqueza, somente por que nossa<br />cultura preconceituosamente até o momento taxou estas sociedades como<br />ágrafas, e que portanto não tinham, por isso, nada a contribuir em nossa<br />educação.<br />9 – Importância da Genealogia na Sociedade Africana Subsaariana.<br />Em sociedades de linhagens como a maior parte das sociedades da África<br />Subsaariana, onde o papel do ancestral mítico muitas vezes é objeto de culto,<br />as genealogias assumem um papel central nas relações de poder, pois quanto<br />maior a proximidade com o ancestral mítico mais legítima torna-se a liderança<br />dentro das sociedades africanas subsaarianas como expõe Carlos Serrano em<br />aula e no documentário o Povo Brasileiro.<br />Ilustro abaixo com a genealogia do Alafin de Oyo, que como podemos ver é<br />descendente, por linhagem real do ancestral mítico que todos nós conhecemos<br />como o Deus Xangô, que era neto de Oranyan, o primeiro Alafin que por sua<br />vez é descendente direto de Oduduwa, o ancestral mítico de todos os reinos<br />Yorubás.<br />Genealogia dos Alafins de Oyo (retirada e traduzida<br />diretamente do site oficial do Alafin de Oyo)<br />1. Oranmiyan<br />2. Ajaka – foi destronado<br />3. Xango – foi deificado como deus do trovão e raio.<br />4. Ajaja – re -instalado<br />5. Aganju<br />6. Kori<br />7. Oluaso<br />8. Onigbogi – conduziu a evacuação de Oyo provavelmente no 16o<br />século .<br />9. Ofiran – construiu a cidade de Shaki<br />10. Egunoju - fundou Oyo Igboho<br />11. Orompoto – especula-se que foi uma mulher<br />12. Ajiboyede -<br />13. Abipa - 1570-1580<br />14. Obalokun - 1580-1600<br />---Oluodo –<br />15. Ajagbo - 1600-1658<br />16. Odaranwu - 1658-1660<br />17. Kanran - 1660-1665<br />18. Jayin - (Primeiro Awuyale de Ijebu Ode) 1655-1670<br />19. Ayibi - 1678-1690<br />20. Osiyango - 1690-1698<br />21. Ojigi - 1698-1732<br />22. Gbaru - 1732-1738<br />23. Amuniwaye - 1738-1742<br />24. Onisile - 1742-1750<br />25. Labisi - 1750<br />26. Awonbioju - 1750<br />27. Agboluaje - (Celebrou o Bere Festival) 1750-1772<br />28. Majeogbe - 1772-1775<br />29. Abiodun - (Celebrou o Bere Festival) 1755-1805<br />30. Aole<br />31. Adebo<br />32. Maku - 1802-1830<br />33. Majotu - (Ilorin tomada pelos Fulani)<br />34. Amodo - 1830<br />35. Oluewu - (Queda da antiga Oyo) 1833-1834<br />36. Abiodun Atiba - (Fundador da Atual Oyo, celebrou o Bere Festival)<br />1837-1859<br />37. Adelu - 1858-1875<br />38. Adeyemi I - 1875-1905<br />39. Lawani Agogoija - 1905-1911<br />40. Ladigbolu - Jan. 15, 1911-Dec. 19, 1944<br />41. Adeniran Adeyemi II - Jan. 5, 1945-Sept. 20, 1955<br />42. Bello Gbadegesin - (Ladigbolu II) July 20, 1956-1968<br />43. Adeyemi III - (Alaafin atual de Oyo e Chefe da Terra Yoruba) 14 Jan,<br />1971 to date<br />10 - O griot genealogista e o autor de Orikis genealogista<br />Griot é um nome que vêm do francês e que é atribuído ao “trovador” das<br />tradições orais entre os Fulas, Bambara e os Baribá, como nos mostra<br />Hampate Ba em seu Tradição Viva . Em outras sociedades da África<br />subsaariana, sobretudo dentre os povos sudaneses temos seus<br />correspondentes. Existem vários tipos de Griots e dentre eles o Genealogista<br />que, não raro, viajava por toda África nas imediações dos reinos vizinhos, para<br />buscar as origens que constituíam as genealogias das famílias e fazer seus<br />poemas de Genealogia (tal qual os Oriki Orile dos Yorubá) que deveriam ser<br />recitados e cantados nas cerimônias importantes e ritos de passagem. Portanto<br />havia outros tipos de Griots que desempenhavam papéis similares aos bobos<br />da corte da Europa, a quem era permitido mentir ou distorcer a verdade em<br />nome de sua arte que tinha a função de divertir as cortes e sociedades com<br />seus poemas, o que excepcionalmente não era visto como uma transgressão<br />moral . Na tradição Yorubá, mais precisamente no Reino de Oyo, o papel do<br />griot Genealogista especificamente é desempenhado pela figura do Arokin.<br />11- Estrutura e Forma dos Orikis.<br />Risério e Lépine são dois autores que nos demonstram bem como se<br />estruturam orikis e que por isso recomendo fortemente a leitura.<br />Lépine, que cito abaixo, conceitua bem sucintamente como se estruturam os<br />Orikis de forma geral quando diz:<br />“O Oriki comporta habitualmente três partes: uma enumeração de nomes<br />que descrevem o status, os apelidos e a aparência da pessoa; um relato<br />de suas realizações e de suas façanhas; comentários sobre o item<br />precedente. São elaborados no decorrer da vida de uma pessoa a partir<br />de frases, qualificativos, apelidos criados por seus contemporâneos e<br />amigos íntimos. Os orikis representam assim a opinião pública sobre<br />uma pessoa”<br />Como podemos observar, esta estrutura tripla é uma característica da maioria<br />dos Orikis, contudo se observamos muitos Orikis de Orixás podemos verificar<br />que nem sempre todas estas três partes estão presentes ou quando estão nem<br />sempre seguem fielmente esta ordem de enumeração, realizações e<br />comentários sobre realizações.<br />Para que observemos tal fato transcrevo abaixo um pequeno Oriki de Oxum<br />coletado no Ketu por Pierre Verger:<br />Minha mãe é bela, muito bela. (comentário)<br />Cobre de olhos fulgurantes (enumeração)<br />Iyalode cuja pele é muito lisa (enumeração)<br />Quando ela sai todo mundo a saúda (comentário)<br />Minha mãe que cria o jogo de ayo e cria o jogador. (realização)<br />Mãe, todo mundo está com você (comentário)<br />O filho entregará o dinheiro na sua mão. (comentário)<br />O mais relevante, sobretudo, a partir deste exemplo, é que percebamos que as<br />regras do Oriki não são fixas como em um soneto, ou outros gêneros da<br />literatura ocidental dentro de diversas escolas literárias, estejam eles em verso<br />ou prosa.<br />Além disso, Risério nos expõe outros elementos relevantes na forma dos Orikis<br />conforme podemos ver em sua obra Oriki, Orixá como quando nos fala:<br />“As palavras têm no Oriki uma carga especial. Uma certa densidade<br />energética. E coisas podem acontecer a partir de sua simples emissão.<br />Quando recito um Oriki de Oyá Yansã, sei que ela está me ouvindo – e que, a<br />depender do meu gesto e da minha fidelidade textual pode me abençoar ... a<br />última coisa que devemos esperar encontrar em um oriki de Orixá, é o<br />desenvolvimento lógico linear de uma idéia ou de um enredo. Inexiste aqui<br />qualquer preocupação em tecer uma estória ou recontar uma história.... Bolanlé<br />Awé nos diz sobre orikis de personagens notáveis que “ diferentemente de<br />outras tradições orais , o oriki não conta uma estória; apenas delineia um<br />retrato que é freqüentemente incompleto; tal retrato somente ilumina aqueles<br />aspectos que os contemporâneos julgaram dignos de nota na vida de um<br />indivíduo, e faz isso algumas vezes, numa linguagem tão sucinta, altamente<br />figurativa e comprimida que a tradução com freqüência apresenta-se um<br />problema” ...Antes de desenvolver linearmente um discurso, o Oriki opera pela<br />justaposição de blocos verbais”<br />Risério vai mais além afirmando que o Oriki pode ser comparado e<br />compreendido mesmo como um ideograma. Podemos perceber no exemplo do<br />Oriki de Oxum acima que ele tece e constrói imagens ao referir-se a mãe de<br />Pele muito lisa que cria o jogo de ayo e o jogador e para a qual o filho entrega<br />o dinheiro em suas mãos. Se tivermos a imaginação dos yorubás poderemos<br />até mesmo visualizar estas cenas enquanto o recitamos.<br />Estas imagens, tal qual ideogramas, que isoladamente nem sempre em si<br />trazem significados, se justapõem para formar, através deste conjunto de<br />imagens, uma evocação ao Orixá (no caso dos Orikis de Orixás) ou ao objeto<br />que se fez tema do Oriki em questão. Risério reforça isto quando afirma:<br />“O gosto pelo grandioso é uma trade Mark do gênero. Em outras palavras, o<br />modo de definição do objeto, que encontramos no oriki, funda-se na<br />maximização dos traços daquilo que é representado. É a visão enfática,<br />superenfática, das personagens, das coisas, fenômenos e processos. A<br />hipérbole, figura do excesso... A estes traços francamente espetaculosos,<br />extra-ordinários, somam se os rasgos imagéticos. O galope de imagens<br />como costuma dizer. São imagens amplas e contundentes... a imagerie do oriki<br />se pauta pelo insólito, pelo grandioso e pelo extravagante”<br />Não há métrica nem extensão pré definidos para os Orikis, podem ser curtos<br />ou muito longos.Tudo depende do número de imagens que devem ser<br />justapostas (tal qual são os ideogramas) afim de trazer à tona e ao mesmo<br />tempo construir o conjunto da figura final que representa o espírito do objeto a<br />ser evocado ou saudado.<br />Para tanto, observamos que os orikis podem utilizar diversos recursos, pois<br />como nos exemplifica Verger nos Orikis de Ogum (como os de outros Orixás)<br />podem ser utilizados provérbios, imprecações ou até mesmo sentenças que<br />estejam vivas no universo simbólico e no imaginário da coletividade e que<br />possam ser utilizadas na construção destas imagens que constituem o Oriki.<br />12- Orikis de Orixás.<br />Além de explorar o caráter alegórico e estético dos orikis Awe, em sua obra nos<br />fala do exemplo do Oriki como documento histórico. (Algo que é objeto de<br />estudo detalhado do próximo curso de extensão que ministrarei na Biblioteca<br />de Osasco).<br />Para exemplificar o que um oriki pode trazer em informação e em riqueza<br />simbólica em um simples verso, vou analisar três versos de três orikis de<br />Orixás em duas situações que se iniciam na África e têm seu prosseguimento<br />na diáspora africana no Brasil:<br />Oriki de Xangô:<br />“Senhor dos Gêmeos”<br />Este simples, e aparentemente despretensioso verso do Oriki de Xangô, nos<br />remete a um conceito importantíssimo dentro da maior parte das sociedades<br />subsaarianas, que é o conceito de geminilidade. Na maior parte das<br />sociedades da África Subsaariana a figura dos gêmeos é de grande<br />importância e sempre é um tema comum com a qual estas sociedades lidam de<br />diversas formas como sendo relevante em sua estrutura social. Alguns povos<br />como os yorubás, vêm o nascimento de Gêmeos como algo benéfico, outras<br />podem até mesmo abandonar um deles.<br />Os gêmeos simbolizam para as sociedades subsaarianas tudo o que é duplo e<br />a partir do conceito de geminilidade desenha-se o conceito de simetria e<br />assimetria para estes povos. Tanto o duplo quanto a dualidade da simetria e<br />assimetria referem-se de alguma forma com a relação destes povos com as<br />relações de poder. Daí a questão dos gêmeos estar ligada diretamente ou<br />indiretamente de forma simbólica com estas relações de poder na África<br />subsaariana.<br />Segundo Serrano nos expôs em uma de suas aulas na USP a partir de um<br />vídeo de máscaras de um dos povos de origem bantu de Angola, as máscaras<br />simétricas simbolizavam de alguma forma relações harmônicas com o espiritual<br />e as máscaras assimétricas representavam a autoridade dos chefes. O que<br />talvez de forma especulativa nos faça acreditar que as relações de poder por<br />inegavelmente trazerem em si algum grau de opressão, são elas mesmas<br />assimétricas. Segundo Serrano este conceito da geminilidade e<br />conseqüentemente da simetria e assimetria relacionada ao poder são uma<br />constante na África Subsaariana.<br />Voltando ao exemplo dos Yorubás e de Xangô, entendemos melhor como se<br />manifesta esta relação do duplo, da geminilidade e do poder, se analisarmos a<br />simbologia do próprio Ose (Machado Duplo) que é a ferramenta de Xangô.<br />Normalmente o osé é simbolizado por um machado simétrico de face dupla<br />com um homem no centro como base, ou com dois gêmeos (um em cada lado<br />abaixo das faces do machado), motivo pelo qual ele é chamado o Senhor dos<br />Gêmeos. O Ose de Xangô, evidentemente carrega em si tanto os princípios da<br />simetria e como o da Geminilidade, presente no imaginário dos Povos<br />subsaarianos. Portanto o Ose do Senhor dos Gêmeos representa o poder<br />duplo, mas por ser simétrico, pode passar a idéia que este poder não é<br />baseado em relações de opressão, mas sim religiosamente fundamentado na<br />base da ancestralidade do herói mítico deificado, tal como Xangô o é<br />realmente. Os gêmeos, ou a simetria do homem que se encontra no centro do<br />Osé pode representar também o equilíbrio existente (ou ideal que deveria<br />existir) no poder duplo que se instalou em Oyo entre o os Alafins a partir de<br />Xangô (que também tinha origem materna em invasores dos Povos Nupe e<br />Baribá) e a sociedade Ogboni, que era o conselho popular que representava o<br />poder do povo autóctone descendente somente do ancestral mítico de Ile Ife<br />(Oduduwa).Em outro contexto, segundo estes critérios criados pelo princípio da<br />geminilidade e simetria, o Osé de Xangô simbolicamente também representa o<br />equilíbrio do poder duplo do rei divinizado pelo Orun ( Alaafin ) e a sociedade<br />Ogboni que representava o poder terreno (do Aiye). Outro fato relevante é que<br />o próprio Oraniyan (avô de Xangô e primeiro Alaafin) tem a pele<br />simetricamente pintada de branco e preto, o que já prenunciava este conceito<br />de poder duplo de Oyo em harmonia, legitimado na figura do próprio ancestral<br />mítico.<br />Trazendo para a diáspora, a partir deste conceito de poder duplo em harmonia<br />legitimado pelo plano Espiritual que vemos na representação do Ose de Xangô,<br />percebemos que a cruz cristã tem o mesmo princípio de simetria que se<br />aproxima do Ose e no imaginário do povo yorubá na diáspora pode ter tido a<br />mesma carga simbólica. Coincidentemente vemos que, não raro, algumas<br />sociedades de religião afro brasileira tradicionais na Bahia, têm cruzes cristãs<br />em seu interior e muitas vezes têm suas origens em irmandades cristãs de<br />escravos. (O que não deixa de ter um paralelo com a representação de<br />sociedade de resistência que era a sociedade Ogboni em terras yorubás, que<br />pode, por sua vez e sem dúvida, ter inspirado na organização e estrutura<br />destas irmandades cristãs de escravos na Bahia).<br />Outro fato importante que encontramos com freqüência nos orikis de Orixá é a<br />referência ao preguiçoso (olé), que é tratado como sendo um transgressor<br />moral tal qual o mentiroso, como nos exemplos dos versos dos Orikis de Oxum<br />Ipondá e Logun Ede<br />Oriki de Oxum Iponda<br />Ela entra na casa do preguiçoso e este foge<br />Oriki de Logun Ede<br />O preguiçoso está satisfeito entre os transeuntes (pois não é visto).<br />De qualquer forma, ao estudarmos a dinâmica das sociedades que se iniciaram<br />no processo de caça e coleta, evoluindo para a agricultura e o pastoreio e mais<br />tarde também se tornando urbanas, percebemos que não há realmente lugar<br />confortável para o preguiçoso na sociedade yorubá assim como nas<br />sociedades da África Subsaariana. A estrutura de linhagens na qual a<br />constituição da família e onde o trabalho dos mais jovens se fazem<br />imprescindíveis para o sustento dos mais velhos, de sua família e da<br />estruturação do modo de produção desta sociedade não pode aceitar<br />realmente a figura do preguiçoso (que se recusa a produzir). Portanto não há<br />outra forma senão transformar esta personagem em um transgressor moral,<br />como o mentiroso.<br />Na diáspora, os muitos senhores preferiam etnias de escravos, que tinham<br />desenvolvido habilidades específicas para suprir as necessidades de produção<br />de suas sociedades na África. Outro fator que fazia com que preferissem<br />determinados grupos étnicos era justamente o quão evidente era a valorização<br />do trabalho nas sociedades de origem dos escravos.<br />Portanto, em todas as sociedades africanas subsaarianas que se organizam<br />através de linhagens, como a dos yorubás, o trabalho era valorizado por ser<br />fundamental à sobrevivência da sociedade. O que nos explica, neste caso, que<br />ao preguiçoso era relegado o papel de transgressor moral.<br />Um dos objetivos de tocar neste assunto a partir dos Orikis, é justamente<br />contribuir para desconstruir a idéia no nosso imaginário coletivo nacional que<br />devido às nossas origens africanas que herdamos da época da escravidão,<br />temos a tendência a ser um povo indolente. Não podemos negar que esta é<br />uma imagem que muitos fazemos de nós mesmos, e que ao entender melhor<br />as relações de produção dentro das sociedades da África Subsaariana, vemos<br />que se trata de um mero preconceito.<br />Este preconceito inclusive serve para nos cegar ao fato de que ainda nos dias<br />de hoje, nós brasileiros trabalhamos em média, pela CLT, ao menos oito horas<br />semanais a mais que os europeus por suas leis trabalhistas. Este fato deixa<br />ainda mais claro que isto que muito de nós aceitamos passivamente sobre nós<br />mesmos não pode ser outra coisa senão mero preconceito.<br />Outro fator que me faz citar isto é que tudo isto evidencia que se este<br />imaginário preconceituoso e de baixa estima atual serve aos propósitos de<br />alguém, certamente não é aos propósitos de quem produz em nosso país, que<br />é a imensa maioria.<br />13- Orikis de Genealogia e de Nominação.<br />Oriki Orilé é o nome dado ao Oriki de linhagem que tem uma relação estreita<br />com as marcas faciais. Na sociedade Yorubá, ao ver as marcas faciais de<br />alguém que chega, todos em um grupo se desejam saudá-lo, recitam seu Oriki<br />Orilé, para evocar sua ancestralidade e seus antepassados, assim como nos<br />explica Salami em sua tese.<br />Como nos fala Lépine, o oriki de uma pessoa é constituído durante o decorrer<br />de sua vida. Quando nasce, o Oriki de nominação é feito durante uma<br />cerimônia que pode ser correlacionada com o que na tradição cristã ocidental<br />conhecemos como batismo. Durante os ritos de passagem são acrescidos<br />outros elementos e o oriki é atualizado sendo que assim temos um panorama<br />de feitos, provérbios e até mesmo imprecações que evocam a personalidade.<br />Fazendo um parêntese para tentar explicar algo que se aproxime de um oriki<br />de nominação e que aconteceu comigo narro que recentemente meu oriki<br />começou a ser feito, pois descobri meu nome de santo a partir de uma<br />oferenda que pedi para fazer para minha mãe Oxum na África, na ocasião do<br />Festival de Oxum em Osogbo (cidade de Oxum).<br />Ao fazer a oferenda e Oxum ter aceitado, meu nome de filho de Oxum foi<br />revelado para a Sacerdotisa do Templo desta Deusa em Osogbo que falou<br />para meu correspondente na cidade.<br />Osunfemi, portanto é meu nome no Orun dado por Oxum e o que começa meu<br />oriki de nominação, pois representa a minha primeira titulação a qual evocaria<br />meu Ori. Osunfemi é a contração de Osun nife mi (Oxum me ama), ou Osun fe<br />mi (Oxum me quer) e que em outras palavras também quer dizer “ O Amor de<br />Oxum”. Segundo a tradição Yorubá este é um nome e título que constitui minha<br />identidade e que inicia meu oriki de nominação. Cito para dar um exemplo.<br />Podemos definir o Oriki de nominação e também o de linhagem de uma pessoa<br />como um fator que a identifica em uma sociedade. Grosso modo podemos<br />identificar o Oriki de nominação, como sendo uma verdadeira carteira de<br />identidade, que tem suas informações registradas, não em um banco de dados<br />de um arquivo ou computador, mas sim no imaginário coletivo de um grupo e<br />registrado no Orun.<br />Por falar em identidade, faço outro parêntese importante ao falar de<br />nominação. Meu propósito ao estudar tradições e história da África, não é fazer<br />um favor aos brasileiros de pele negra como se eles fossem para mim uma<br />alteridade. Meu objetivo é dar uma pequena contribuição para o resgate de<br />nossa plena identidade nacional a partir do reconhecimento de culturas deste<br />povo que vem da África. Este povo que além de nos constituir geneticamente<br />independente da cor de nossas peles (pois 90% dos brasileiros que não tem a<br />pele negra são descendentes de africanos negros) constitui um fator importante<br />de nossa expressão nacional. Quem pode dizer, por exemplo, que nosso<br />abraço brasileiro é diferente ou está distante do abraço dos Orixás do Ketu que<br />encostam peito com peito pra transmitir seu asé (Axé), pois também<br />abraçamos pra transmitir nossa energia. Quem pode negar que nossa forma de<br />falar, andar, sorrir, nossa espontaneidade que nos diferenciam dos europeus<br />mais alegres tenha sido herdada destes nossos ancestrais africanos? Quem<br />pode negar que ao aceitarmos a discriminação velada de nosso país aos<br />brasileiros de pele negra em sua ascensão social, estamos não somente<br />negando lhes o direito a sua plena cidadania, mas também nossa plena<br />identidade, querendo fazer parecer que se tratam realmente de uma alteridade<br />e recusando que somos realmente descendentes de negros africanos seja<br />geneticamente ou seja ao menos em nossa expressão, mesmo que não<br />tenhamos a pele negra? Quem pode negar que ao querermos parecer uma<br />cópia mal feita de europeus, recusamos assumir o que somos realmente?<br />Quem pode? Acho que só quem pode negar a ancestralidade, esconder o<br />sorriso, negar o abraço, tropeçar nos próprios passos, ou recusar a preferência<br />pela espontaneidade, quem quer esquecer o que é e assim deixar de ser<br />brasileiro pra ser nem sei lá o que, pode fazer isto. Mas sem dúvida este<br />precisará trabalhar pra transformar o seu Ori.<br />Não podemos negar que somos filhos da diáspora africana como de outras<br />diásporas e massacres, portanto só nos resta tentar reconstruir e resgatar esta<br />nossa identidade plena a fim de acharmos uma proposta real de progresso<br />comum e que não seja fragmentária ou que sustente e crie guetos de exclusão,<br />ao invés de tentar imitar o que não somos, e por isso estudo esta cultura e<br />creio que deva ser esta uma das motivações de quem por ela se interessa<br />independentemente de nossas cores de pele.<br />14 – Neo Orikis<br />Segundo Risério temos exemplo de Neo-Orikis em diversas músicas de<br />compositores como Gilberto Gil e Caetano Veloso, o que mostra que o gênero<br />nos influencia até hoje e está presente em nossa poética oral. Um dos<br />exemplos que Risério nos traz de neo-oriki é a música Iansã interpretada por<br />Maria Bethania e que transcrevo abaixo<br />Iansã (Maria Bethania)<br />Composição Gilberto Gil e Caetano Veloso<br />Senhora das nuvens de chumbo<br />Senhora do mundo dentro de mim<br />Rainha dos raios, rainha dos raios<br />Rainha dos raios, tempo bom, tempo ruim<br />Senhora das chuvas de junho<br />Senhora de tudo dentro de mim<br />Rainha dos raios, rainha dos raios<br />Rainha dos raios, (titulações, fazem parte de um Oriki)<br />Tempo bom, tempo ruim<br />Eu sou o céu para as tuas tempestades<br />Um céu partido ao meio no meio da tarde<br />Eu sou um céu para as tuas tempestades (comentários relativos aos feitos)<br />Deusa pagã dos relâmpagos<br />Das chuvas de todo ano (Mais titulações)<br />Dentro de mim, dentro de mim<br />Dá pra observar características claras dos Orikis na música de Bethania, ainda<br />mais a construção de imagens que formam o ideograma em nosso imaginário.<br />Contudo, além do que Risério nos fala, podemos ver em outras musicas<br />características de Orikis. Uma, dentre as quais vejo um exemplo bem claro é<br />na música Maria de Verdade de Marisa Monte (da autoria do baiano Carlinhos<br />Brown) que transcrevo abaixo a letra.<br />Maria de Verdade<br />Marisa Monte<br />Composição: Carlinhos Brown<br />Pousa-se toda Maria<br />no varal das 22 fadas nuas lourinhas<br />Fostes besouro Maria<br />e a aba do Pierrot descosturou na bainha (são claros aqui os feitos e<br />imagens)<br />Farinhar bem, derramar a canção<br />Revirar trens, louco mover paixão<br />Nas direções, programado e emoldurado<br />Esperarei romântico (preste atenção nas imagens que se formam nesta<br />estrofe)<br />Sou a pessoa Maria<br />Na água quente e boa gente tua Maria<br />Voa quem voa Maria<br />e a alma sempre boa sempre vou à Maria (preste atenção nos comentários<br />de realizações e caracterização do objeto do tema da música)<br />Farinhar bem, derramar a canção<br />Revirar trens, louco mover paixão<br />Nas direções, programado e emoldurado<br />Esperarei romântico<br />Tou vitimado no profundo poço<br />na poça do mundo<br />do céu amor vai chover<br />Tua pessoa Maria<br />Mesmo que doa Maria<br />Tua pessoa Maria (mais imagens justapostas)<br />Farinhar bem, derramar a canção<br />Revirar trens, louco mover paixão<br />Nas direções, programado e emoldurado<br />Esperarei romântico<br />Tou vitimado no profundo poço<br />na poça do mundo<br />do céu amor vai chover<br />Tua pessoa Maria<br />Mesmo que doa Maria<br />Tua pessoa Maria<br />Como vemos, esta música de Carlinhos Brown mostra bem como se apresenta<br />um personagem em um Oriki , ressalta os seus feitos e não quer<br />necessariamente ter uma seqüência lógica, mas sim construir imagens que<br />tragam à superfície da poesia o espírito da personagem. Traços muito<br />parecidos com Orikis de Orixás. As imagens do Oriki também constroem os<br />arquétipos dos heróis na memória coletiva na tradição Yorubá (que será tema<br />de outro curso).<br />15 - Exercícios sobre Genealogias para resgate da memória histórica<br />conforme tradição Oral africana. (sugestão de atividade) Resultado do exercício<br />na Biblioteca de Osasco.<br />Iniciamos no curso de extensão na Biblioteca de Osasco no dia 14 de agosto<br />um rápido exercício sobre Genealogias.<br />Pedi que os participantes escrevessem em um papel toda a genealogia que<br />lembrassem e anotassem ao lado qualquer coisa (palavra, provérbio, apelido)<br />que lhes viesse primeiramente à memória sobre cada um destes seus<br />ancestrais dentro de sua genealogia. Fizemos de forma como se estivéssemos<br />simulando uma preparação para escrever um oriki de genealogia (Oriki Orilé).<br />Iremos continuar no próximo encontro.<br />Além desse exercício, sugiro uma atividade para professores de história no<br />ensino fundamental que queiram exercitar a questão da memória histórica na<br />tradição oral africana, a partir de um exercício que se aproxime dos orikis. A<br />idéia é simular a construção de um neo-oriki de classe ou de alguém da classe<br />mesmo a fim de exercitar. Este foi tema do trabalho que desenvolvi na<br />disciplina de metodologia do ensino de História na Faculdade de educação da<br />USP. O processo se dá em etapas e que resumo abaixo:<br />1 – Escolha do tema.<br />2- Levantamento das imagens que fazem menção ao tema<br />3-Levantamento de Titulação (nomes, apelidos, conceitos) sobre o objeto do<br />poema.<br />4- Levantamento de feitos e realizações do objeto do poema<br />5- provérbios que se aplicam ao tema do poema<br />6- construção do poema inicial com a participação de todos<br />7- Registro a cada período pré-determinado de novos acontecimentos que se<br />adicionem ao poema e transformação disto em forma de imagens.<br />8- No final do período compara-se o poema inicial ao final e se percebem como<br />são registradas as transformações que pelo sistema de registro histórico oral e<br />como funcionam e são importantes os recursos de memória neste referencial<br />cultural.<br />9- Todos lêem o poema<br />10- Cada um diz o que lembra ou foi mais marcante no poema e que imagem<br />mais o marcou.<br />11- São verificadas quais as imagens que mais se formam e como se<br />relacionam entre si.<br />12- Estas imagens são comparadas com fotografias.<br />13- Cada um tenta desenhar a imagem que mais o marcou, materializando a<br />fotografia<br />14- Discute-se a partir disso como uma visão pode ser subjetiva em relação a<br />outra e o que forma a visão do coletivo é uma visão comum , e isto que forma o<br />registro histórico na memória coletiva em uma sociedade onde a oralidade é<br />predominante.<br />Daí, dependendo da sala, podem se discutir várias coisas, pode se entrar em<br />lendas e verificar nelas como se formam os mitos, gêneros literários épicos<br />populares ou não que se constroem fortemente a partir da oralidade e que se<br />baseiam ou se basearam inicialmente fortemente na oralidade, etc. (que são<br />objetos de outros cursos)<br />Voltando a nosso exercício em Osasco, tenho que lhes dizer que como<br />resultado no máximo tivemos referências de nossos avós (que é o que<br />conhecemos ). O que é muito pouco se compararmos com o que vemos com a<br />genealogia do Alaafin que está neste texto. E diga se de passagem que<br />normalmente o alaafin tem que saber de memória dos Orikis de grande parte<br />dos outros Alaafins precedentes, e que na tradição Yorubá tradicional o ideal é<br />saber pelo menos a partir de sua sétima geração ancestral.<br />Comparando os dois exemplos, o nosso e o da sociedade tradicional yoruba,<br />no contexto dos orikis, algo que percebemos de imediato é que, sem dúvida<br />estas sociedades baseiam-se em valores extremamente diferentes. Podemos<br />dizer que somos esta sociedade de consumo ocidental sem memória e na qual<br />nem a memória de nossa origem faz parte de nossas riquezas (assim como faz<br />nas sociedades subsaarianas). Nossos valores de consumo não comportam a<br />tradição. Busca se o novo pelo novo, sem se fundamentar na autoridade que<br />vem da tradição (segundo nos faz pensar Hannah Arendt quando lemos seu<br />texto sobre autoridade). Nesse ímpeto, construímos uma identidade que não<br />lembre que no nosso passado somos filhos desta diáspora e destas tradições,<br />que fazemos questão de esquecer. Dessa forma nos tornamos simples<br />consumidores e cópias mal feitas desta civilização ocidental proveniente<br />supostamente apenas do mundo clássico e que hoje se transformou na<br />sociedade de consumo que conhecemos ou formamos em nosso imaginário<br />coletivo. Para esta sociedade a descoberta de outras ancestralidades e da<br />firmação da identidade integral do que nos formou não tem espaço e não<br />interessa. Por outro lado vemos que temos muito a ganhar ao perceber esta<br />nova sociedade que não é objeto de estudo de um povo exótico, como para<br />muitos no meio acadêmico ocidental dos países ditos centrais que são quem<br />nos fornecem suas referências sobre estes povos, e que pelo contrário, estas<br />sociedades nos dizem respeito e nos antecedem em verdade. Descobrimos<br />muito sobre nós mesmos ao entrarmos em contato com sua estética, cultura e<br />valores.<br />Meu objetivo e também do núcleo de Extensão da Biblioteca de Osasco, é com<br />este trabalho, dar uma pequena contribuição para que os participantes<br />transformem sua percepção e resgatem elementos que construam sua própria<br />identidade ao enxergar a forma como esta cultura ancestral percebe sua<br />própria sociedade. De forma alguma nosso objetivo, e de quem estuda e<br />mergulha na descoberta de uma nova cultura, como as culturas africanas<br />paradoxalmente ainda são para nós, deve ser apenas falar bonito para<br />reproduzir o que já conhecemos e que formou esta sociedade excludente e que<br />se firma na criação de estereótipos de outras sociedades que é esta na qual<br />vivemos. Dar uma pequena e mínima contribuição para ajudar a transformar e<br />agregar elementos novos à percepção de mundo, cultura e sociedade dos<br />participantes e leitores, afim de que construam uma identidade mais completa<br />foi o meu objetivo principal neste texto e trabalho.<br />Osunfemi (Ivan da Silva Poli)<br />Principais Obras utilizadas como referência para este texto:<br />Verger, Pierre – Note sur le culte des Orixás et Voduns, Memoires de IFAN<br />Risério, Antonio – Oriki, Orixá<br />Ba,Hampate- Tradição Viva<br />Beniste, Jose- Orun Aiye<br />Lépine, Claude- Mitos e Civilizações<br />Ifamarajo, Ojo ( tradução) – Os Odus de Ifa ( The Odus of Ifa)<br />Wande, Abimbola – Ifa Divination Poetry<br />Awe,B – The praise Poetry as Historical Data , The example of the Yoruba Oriki<br />Salami, Sikiru – Tese de Doutorado em Sociologia FFLCH,USP sobre Poemas<br />de Ifá.Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-15876537659605865472010-08-31T20:03:00.001-07:002010-08-31T20:03:57.333-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxsE04C7R8UQvLqAy97xbkaxBpbqy0M7JEEFBkOKfXHOUbgLDAKBNfxlla6y5eRDbGenA7E3j-UymfbJcbZYDg5I0BmrKwuEcYxOtQowqhcdaggk88yk1vNyNmG6e6DZwi0h3HGRtOdiil/s1600/cartaz+corrigido.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 251px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxsE04C7R8UQvLqAy97xbkaxBpbqy0M7JEEFBkOKfXHOUbgLDAKBNfxlla6y5eRDbGenA7E3j-UymfbJcbZYDg5I0BmrKwuEcYxOtQowqhcdaggk88yk1vNyNmG6e6DZwi0h3HGRtOdiil/s400/cartaz+corrigido.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511775448783261234" /></a>Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7784132971808805928.post-17759863074322508082010-08-30T13:29:00.000-07:002010-08-31T09:29:52.489-07:00Irmãos GuerreirosNão me lembro ao certo, mas por volta de 1999 ou 2000, conheci atraves do Marcelo, que ja me orientava nos caminhos das capoeiras em São Paulo, no municipio de Taboão da Serra, a Escola de Capoeira Irmãos Guerreiros. Não sei enumerar quantas vezes seguidas cheguei a ir consecutivamente nas rodas de lá, na época na Av. Kizaemon Takeuti, nem quantas vezes seguidas Mestre Marrom pacientemente me deixava jogar, momentos de grande aprendizado...<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBfsQ1RGwOHsZPSKN1hAj1C_QZYoiuyrS-N1bpRz4qLqh63OuwKv9hKTiiN0LVTw91w82U9Oqr-Qs_tPr7w1jbk-r3dIoAnO-bIls5C1560nGbeBb_7aEXbU55ctdiwSe4dsm9NDkbx23n/s1600/marrom+001.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBfsQ1RGwOHsZPSKN1hAj1C_QZYoiuyrS-N1bpRz4qLqh63OuwKv9hKTiiN0LVTw91w82U9Oqr-Qs_tPr7w1jbk-r3dIoAnO-bIls5C1560nGbeBb_7aEXbU55ctdiwSe4dsm9NDkbx23n/s400/marrom+001.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511307378655282754" /></a><br />Agosto de 2010, novamente tenho o prazer de visitar umas das primeiras escolas de capoeira angola que conheci aqui em São Paulo, parabens ao Mestre, pela continuidade e seriedade que mantem seu trabalho, axé!Teramoto (japa)http://www.blogger.com/profile/13563015203898365872noreply@blogger.com0